terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Reflexões para o novo ano...Feliz 2021!

 Amigos leitores,

Esse ano foi totalmente diferente de tudo que já vivemos e muito aprendizado pode ser retirado de tudo isso: o Home Office se fortaleceu bastante, tivemos que nos adaptar em tempo recorde ao trabalho e nos dedicarmos as tarefas rotineiras da casa, principalmente os casais que trabalham fora e /ou que tem filhos.

Foi muito difícil, estressante, mas quando pegamos
o ritmo, tudo fluiu como tinha que ser, as demandas foram entregues, as reuniões foram adaptadas e realizadas também. As metas não deixaram de ser batidas e os resultados foram entregues.

Precisamos nos organizar quanto a horário de trabalho e horário de "lazer/descanso". Refletimos sobre as demandas de trabalho antes da pandemia, pois dedicávamos praticamente nosso tempo integral ao trabalho e nossa família ficava em segundo plano, até mesmo nos finais de semana, pois algumas vezes as viagens de trabalho caíam bem no sábado/domingo. 

Percebemos que precisávamos estar mais próximos da nossa família, estar juntos na educação dos nossos filhos (digo por mim, que acompanhei minha filha de 03 anos em seu primeiro ano escolar, praticamente todo online). Precisamos ser pais, funcionários, esposo/esposas, mães/pais e ainda cuidar de nós mesmos, nossa saúde física e mental. 

Assim como 2019 foi o ano de muitas ascensões profissionais, 2020 foi o ano de cuidar da família e fortalecer os laços de amizade, mesmo que à distância.

Enquanto ainda não podemos viver nossas vidas, com a segurança que só a vacinação nos trará, vamos refletir sobre o que fizemos esse ano que colheremos os frutos na nossa rotina futura, quando tudo voltar ao (novo) normal.


Feliz 2021!!!


A Autora

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Editorial: O tema do momento é...Salário Emocional

 Amigos Leitores,

Em outubro ocorreu o meu retorno ao trabalho presencial, agora estou trabalhando no formato híbrido. Confesso que minha adaptação ainda está ocorrendo, pois foram 8 meses trabalhando apenas Home Office, mas está ocorrendo tudo dentro da normalidade.

Tenho lido alguns artigos e postagens trazendo de volta um tema que não é novo, mas que, a meu ver,  foi pouco comentado na época em que surgiu: o Salário Emocional. Me questionei se esse assunto voltou a figurar nas redes por motivo de tantas perdas que alguns profissionais tiveram em seus locais de trabalho: reduções salariais, redução de benefícios, dentre outros. Percebo o  "salário emocional" como justificativa aos motivos pelos quais os funcionários resolveram permanecer em seus postos de trabalho apesar das perdas, agora que tudo está voltando ao normal.

Mas, para entender melhor o conceito e abrangência desse tema, trouxe um artigo do site rh.com.br:

"Salários generosos sempre foram o principal artifício utilizado pelas empresas para atrair e manter bons profissionais. Quando a remuneração deixou de ser o único item avaliado pelas pessoas, as organizações passaram a oferecer uma série de benefícios adicionais, como auxílio em despesas médicas, creche para os filhos dos funcionários e subsídios em cursos de capacitação e qualificação, para citar os exemplos mais comuns. Hoje, no entanto, quem está no mercado quer mais do que simplesmente ganhar mais. É por isso que os gestores estão cada vez mais atentos ao chamado “salário emocional“.

Ao contrário de um salário comum, o salário emocional não é representado por uma cifra e nem está registrado em carteira. Trata-se, na verdade, de um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa. Por ser algo subjetivo, que varia de acordo com cada ambiente ou tipo de profissional, sua composição acaba sendo diferenciada.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Kienbaum – empresa que possui mais de 20 anos de atuação na área de Recursos Humanos a – junto a 18 mil líderes, entre diretores e gerentes, apontou que o item mais importante para o profissional se sentir bem e motivado em uma organização está relacionado ao progresso na carreira, ao aprendizado e ao desenvolvimento.  A natureza das atividades, um ambiente de trabalho desafiador e o conteúdo enriquecedor da função também são levados – e muito – em conta. A remuneração apareceu só na quarta posição.

Nova call to action

A oportunidade de se desenvolver e crescer, em muitos casos, pesa mais na escolha do profissional do que um alto salário, avalia Fausto Alvarez, um dos sócios da Kienbaum. Esse é um dos fatores que compõem o salário emocional, que na avaliação do especialista acaba funcionando como um meio de retenção. São ações que atendem desejos e necessidades dos colaboradores e que os “prendem” a um determinado emprego. “Mas isso deve estar relacionado a possibilidades reais de crescimento, desenvolvimento constante e novos desafios”, lembra Alvarez.

Aplicação

Cabe ao gestor, principalmente, conduzir o processo de desenvolvimento de sua equipe, o que irá resultar em um clima organizacional positivo e na “construção” do salário emocional. Isso não quer dizer que o colaborador não deva fazer sua parte, demonstrando interesse e buscando se capacitar para melhorar seu desempenho e aumentar as chances de dar um salto na carreira.

A regra é que as possibilidades de desenvolvimento e crescimento sejam oferecidas a todos, sem distinção. “Uma boa política e processos de meritocracia acabam naturalmente mostrando que as melhores recompensas serão sempre destinadas àqueles que entregam mais resultados”, reforça Alvarez. Essa clareza é importante para evitar rumores de que uma ou outra pessoa possa se beneficiar por motivos que vão além da sua atuação profissional, por exemplo.

Quando vale?

A atuação da área de Recursos Humanos de uma organização é decisiva no processo de motivação e retenção de pessoas através do salário emocional. Ela deve levar o tema de forma estruturada para o grupo que tem a responsabilidade pelas decisões mais importantes e estratégicas da organização. Alvarez ressalta que o salário emocional está diretamente ligado ao clima e ao desempenho das pessoas. “Se estivermos em uma organização que nos oferece possibilidades de crescimento pessoal, de aprendizado contínuo, de desenvolvimento, um trabalho desafiador, onde tenhamos a oportunidade de mostrar que podemos trazer uma contribuição diferenciada, o clima será muito melhor e o desempenho também, para que as pessoas acompanhem e mereçam todas as possibilidades que surgirem”, avalia.

Mas como as organizações e os profissionais podem se beneficiar do salário emocional, já que, na prática, é algo intangível? Alvarez responde: “O principal benefício que ele gera é, sem dúvida alguma, o sentido de pertencer àquela organização, e não há nada mais valioso que isto para uma empresa, ou seja, o desejo dos seus colaboradores de que pertencem àquela empresa e de saber que seus talentos desejam continuar lá”.


O que é um salário emocional?

É um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa. Dentre eles se destacam:

  •  Oportunidades de desenvolvimento profissional;
  • Oportunidades de progressão na carreira;
  •  Reconhecimento do trabalho;
  •  Motivação;
  •  Ambiente de trabalho positivo;
  •  Natureza e desafios do cargo ocupado;
  •  Conteúdo enriquecedor da função desempenhada.
  • Sentir-se parte da organização em que se trabalha."


Para nós, Profissionais de Secretariado Executivo, o salário emocional na maioria das vezes tem grande parcela de contribuição na nossa motivação em estar na empresa. Mas, claro, esse é um dos fatores, podendo não ser o principal, sempre vai depender do clima organizacional e do profissional que está atuando na empresa. Vale a pena refletir se vc está satisfeito com seu salário material e emocional.

Eu, por exemplo, estou muito satisfeita com a empresa onde trabalho, sinto que sou valorizada e gosto muito do clima organizacional da minha equipe e dos meus gestores. Meus dois salários, físico e emocional,  são muito bons pra mim, no momento.


Até mais!


Fonte: Artigo pubicado em 13/04/2017, no site: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/salario-emocional/, acesso em 13/11/2020.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Editorial: o retorno ao trabalho

 Amigos leitores,


Estamos observando que, mesmo com os dados ainda alarmantes em nosso país, aos poucos os estados do Brasil estão organizando seu retorno aos trabalho e à vida cotidiana.

E com essa volta da nossa rotina precisamos organizar o que decidimos fazer enquanto estávamos na quarentena: Cuidar da nossa qualidade de vida, alimentação, vida profissional, objetivos e expectativas para viver o novo normal. Precisaremos ter mais cuidado ao ir e vir do trabalho, com as pessoas que encontramos e também cuidar de nós mesmos, manter a rotina de exercicios e atividades para relaxar, não voltar aos maus hábitos, cuidar também da nossa família, pois percebemos que são as pessoas mais importantes e essenciais da nossa vida. Por mais atarefados e estressados que possamos estar, nosso lar sempre deve ser a nossa fuga de tudo isso, deve ser nosso refúgio de amor e tranquilidade.


E estamos mais qualificados também, para cumprir nossas tarefas e funções, e colocar em prática tuo que adquirimos para nossa carreira, já que acumulamos mais conhecimento com os cursos realizados na quarentena.

Enfim, no mês dedicado aos profissionais de Secretariado Executivo, vamos aproveitar para nos presentear e participar de eventos online voltados pra nossa área, divulgados pelas redes sociais (eu mesma estou participando) e vamos falar sobre isso, sobre essa volta e como vamos fazer para nos valorizar mais e valorizar nossa carreira profissional, afinal, nós merecemos!!!


Parabéns aos meus colegas de profissão, aos estudantes e, principalmente, aos professores do ensino técnico em Secretariado Executivo e do Curso Superior em Secretariado Executivo.


FELIZ DIA, SECRETÁRIOS EXECUTIVOS!!!


A Autora

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Editorial: Mais de 100 dias em home office

 Amigos leitores,

Já se passaram mais de 100 dias do Isolamento Social e para nós, que ainda estamos trabalhado home office , durante esse período muitas análises puderam ser feitas a respeito da nossa adaptação com essa nova modalidade de trabalho. Os desafios da nova rotina de trabalho, a ansiedade causada pela ideia de que não podemos sair a menos que seja algo necessário e lidar com filhos pequenos (eu, no caso, que tenho uma filha de 2 anos e meio!) é desafiador e, ao mesmo tempo, enriquecedor.



Durante esse período podemos refletir sobre o que realmente importa pra nós, em relação àquela rotina que tínhamos, a qual constantemente nos convencíamos de que "não tínhamos tempo", hoje analiso que, na verdade, não havia uma gestão eficiente do tempo, pois, falando por mim,  eu dedicava muito tempo em coisas que não agregavam valor a minha vida pessoal (e vice-versa com a vida profissional) e também percebi que o grande vilão causador do meu estresse era o trânsito que eu pegava para me deslocar para o local de trabalho e de volta pra casa. Sem esse deslocamento, minha qualidade de vida melhorou muito e também minha alimentação, pois antes almoçava em restaurantes ou levava almoço (que me faziam ter a ilusão que eu tinha mais tempo, mas na verdade tinha era menos tempo) e isso, agregado ao sedentarismo por não ter tempo para atividades físicas, me deixavam com cansaço físico e mental.

Mas agora decidi que, quando voltar a minha rotina no escritório, tomarei outras atitudes para beneficiar minha vida pessoal e profissional.

O texto a seguir traz as reflexões de uma especialista da "The School of life", em artigo para a revista Você S/A:

"É como se tivéssemos levado um chacoalhão da vida e da natureza e, trancados entre quatro paredes, tivemos que encarar tudo aquilo que sistematicamente ignoramos nos últimos tempos. Entre tudo o que vínhamos deixando de lado está a pergunta: “o que você ama fazer?”. Esta reflexão tem muito a ver com a carreira dos profissionais em geral, refletindo diretamente nos resultados e no clima organizacional de empresas de todos os portes e segmentos.

A necessidade de nos sentirmos conectados com o trabalho que realizamos é algo bastante recente. Na maior parte da história, a humanidade nunca trabalhou por prazer ou propósito. Éramos cultivadores de terra, recolhendo feno e tosquiando ovelhas. Aqueles, cujos pais eram padeiros ou açougueiros, já estavam com seus destinos profissionais praticamente desenhados. A única razão para se trabalhar era o dinheiro como forma de sobrevivência. Nos tempos modernos, do qual fazemos parte, desde a Revolução Industrial ansiamos por trabalhos que sejam significativos. Passamos a construir as nossas vidas profissionais a partir dos nossos interesses e das nossas paixões. O trabalho ganhou status de satisfação pessoal e propósito, ganhando significativo espaço no nosso dia a dia. Afinal, como escreveu o filósofo Friedrich Nietzsche, o significado da nossa vida é: “nos tornarmos quem realmente somos”.

Na The School of Life acreditamos que três fatores garantem significado a um trabalho: ter afinidade com um dos nossos talentos; ajudar algo ou alguém, em pequena ou grande escala; e gerar impacto em outras pessoas, na sociedade, no país ou no planeta. Isso nos permite supor que nem sempre um desconforto no trabalho precisa ser resolvido com um pedido de demissão. Talvez, uma sensação de tédio ou de esgotamento possa ser resolvida com um exercício de se conhecer melhor e se analisar pacientemente para se reconectar com valores básicos que permitam a essa pessoa encontrar um propósito no trabalho que executa hoje. As pessoas sempre trabalharão mais e melhor quando o lado pessoal estiver engajado, ou seja, quando encontrarem um trabalho para amar, ainda que em seu pacote – misturado aos aspectos positivos – tenham situações decepcionantes, complicadas e desafiadoras. Mas, para alcançar esse entendimento, é importante refletirmos mais sobre o motivo que torna o nosso trabalho importante, quais são nossas motivações e os nossos valores, qual é o nosso lugar na organização na qual atuamos e como criar um plano para ampliar a nossa noção mais profunda de propósito.

Não se prive desse entendimento a respeito de você mesmo, principalmente no momento em que estamos vivendo. Como disse Alain de Botton, filósofo, escritor e fundador da The School of Life: “As pessoas só ficam realmente interessantes quando começam a sacudir as grades de suas gaiolas”. Eu, sinceramente, não consigo pensar em um ano que nos tenha exigido mais sobre este discernimento em saber o que queremos amar, com o que nos importar e como usar melhor o nosso tempo. Seja para os negócios ou para a vida, é sempre importante sabermos o que desejamos."


Um conselho: Faça você também essas reflexões e crie um planejamento de novas atitudes a serem tomadas quando tudo voltar ao "normal".


Até mais!


A Autora

Fonte: Artigo publicado pela Revista Você S/A, edição de Agosto/2020: https://vocesa.abril.com.br/blog/jackie-de-botton/voce-sabe-mesmo-o-que-ama-fazer/. Acesso em 12/08/2020.

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Editorial: O novo normal

Amigos leitores,

Estamos visualizando um novo cenário, que está sendo definido a cada semana, com os resultados divulgados pela Secretaria de Saúde.
É necessário cautela, atenção e responsabilidade, para que tudo possa dar certo.
Depois de 4 meses de Home Office começo a perceber que essa modalidade de trabalho será uma opção não só na empresa onde trabalho, mas também em muitas outras empresas. Eu tenho lido artigos que falam sobre incluir o Home Office como opção a mais na rotina das empresas, como essa matéria abaixo, do site Vagas.com:

"Encontrar uma vaga que incentive a sua produção – e não o controle de horas trabalhadas – é totalmente possível.
Mas, como nem tudo são flores, preciso dizer que existe um perfil específico para se dar bem nessa área.

Será que você tem esse perfil?

Você tem perfil para trabalho remoto?

Se você acha que é só ter um computador, internet e VOILÀ você pode trabalhar de casa, temos uma notícia meio chata: não é tão simples.
Muitos estudos indicam o aumento da produtividade quando você trabalha de casa, porém é necessário ter um perfil específico para isso.

No trabalho você tem uma organização (comportamental, principalmente) que ajuda na hora de cumprir regras, prazos e produção. 
Por mais que não seja a forma mais produtiva de trabalhar, essa organização nas empresas opera a base do comportamento de massa (eu trabalho, logo ela trabalha, logo todos nós trabalhamos, afinal aqui é um ambiente de trabalho).
Em casa você tem muitas distrações.

Talvez até muitas distrações e um cachorro.

O ponto é que é bem diferente do que seria uma empresa e é necessário que você tenha esse perfil para trabalhar remotamente.
Criamos um Quiz aqui na Know-How para ver quem tinha mais perfil para trabalhar de casa (apesar das horas de home office não terem aumentado rs) e deu tão certo que resolvemos abrir para todo mundo participar.

Enquanto você não faz o quiz, ou caso já tenha feito, vai uma dica: a coisa mais importante é a disciplina na hora de se organizar e produzir.
Se você esquece prazos, demora para entregar resultado ou até não tem muita capacidade de se autogerir, é bem provável que o home office te atrapalhe até.
Porém, se você tem todos esses atributos, então você vai se dar bem com o trabalho remoto, o que nos leva ao próximo ponto: as dicas para conseguir uma vaga de trabalho remoto!

Dicas para conseguir um emprego remoto (ou home office): 

Dica 1: Ter a infraestrutura é um ponto importante
Certifique-se que você tem internet o suficiente para navegar em uma velocidade razoável. O mesmo se aplica ao seu computador, certo?
Não adianta trabalhar de home produzindo vídeos, por exemplo, e não ter uma máquina que suporte a produção de 2 ou 3 vídeos grandes e pesados por dia. Isso só vai te atrasar (e pior, te estressar).


Dica 2: O trabalho remoto também exige um processo seletivo
Não ache que só porque o seu empregador não pode te ver frente a frente, ele não irá querer te conhecer ou entender se você tem o perfil para a vaga.
É claro que não existirá dinâmica de grupo, né! Mas é bem provável que existam testes de aptidão, técnicos e algumas entrevistas. 

Dica 3: Você precisa ter perfil e credibilidade profissional na internet
Não é qualquer empresa que irá te contratar, e para isso você precisa passar segurança para o RH.

Dica4: Você precisa ter uma hora para começar e uma hora para parar de trabalhar
A saúde mental é algo importante. Sempre falamos para os nosso leitores que é necessário priorizar a saúde mental acima de qualquer coisa na hora de procurar um emprego, estágio ou até mesmo trabalhar no dia a dia.

Por isso, já pense que procurar um trabalho remoto vai te forçar a ter uma organização onde você tenha uma hora para começar a trabalhar e outra para finalizar.

Caso contrário, você pode ficar preso no loop de dormir de dia e acordar a noite, ou até mesmo trabalhar mais horas do que necessário, o que acontece bastante pois você fica em casa e a hora passa rapidinho.

Organização é a palavra-chave na hora de pensar em trabalhar remotamente.

Claro que se você tiver determinado a trabalhar de home office, só testando que você conseguirá saber se é o seu perfil ou não.
Mas esperamos que o nosso quiz e as nossas dicas te ajudem a encontrar oportunidades de trabalho que sejam perfeitas para você."

Percebo que, no novo normal, quando todos puderem sair em segurança e tudo se estabilizar, acredito que essa modalidade estará fortalecida. Afinal, hoje, esse é nosso normal.

Até mais!

Fonte: Site Vagas.com: https://www.vagas.com.br/profissoes/home-office-saiba-como-trabalhar-bem-no-conforto-da-sua-casa/ Acesso em 06/07/2020.

Editorial: 65 anos da Universidade Federal do Ceará - UFC

Amigos Leitores,

No mês de Junho a Universidade Federal do Ceará - UFC completou 65 anos.
Minha história com a UFC começou no ano de 2009, quando ingressei como aluna do Curso de Secretariado Executivo. Desde então eu levo o nome da UFC com muito amor por onde passo e sou muito grata por tudo que a universidade tem feito pelo meu crescimento pessoal e profissional, através da Profa Conceição Barros e Profa Joelma Soares.
Na UFC fiz amigos,participei de eventos que foram importantes pro meu aprendizado e faço planos de voltar, no futuro, como professora do Curso de Secretariado Executivo.
Abaixo, fotos do meu álbum de formatura e uma foto atual.

2009:

















2020:




quinta-feira, 30 de abril de 2020

Editorial: Bem estar do corpo e da mente

Amigos Leitores, 

    Hoje vamos falar de algo muito importante durante o Isolamento Social: A nossa Saúde Mental.
Sabemos que o nosso momento atual exige cuidados, atenção, mas não podemos deixar nossos autocuidados de lado.
Em minha experiência Home Office eu procuro sempre me policiar pra não ficar muito tempo sentada, beber água com frequência e me alimentar nas horas certas (de 3 em 3 horas), mas também tem um lado que não pode ser esquecido, que é a mente.

    Toda hora que ligamos a televisão, que entramos na internet ou ligamos o rádio (sim, eu gosto de ouvir rádio, pra variar um pouco) somos surpreendidos por notícias com números de infectados, números de mortos, etc e tudo isso mexe com nosso psicológico, afinal, já fazem mais de 40 dias que estamos vivendo essa situação inesperada. Sem contar a saudade dos nossos parentes queridos, que costumávamos visitar e os amigos com quem costumávamos marcar uma ida ao shopping, um passeio, etc.
Até que possamos voltar à nossa rotina normal, precisamos tomar alguns cuidados pessoais e psicológicos pra nos manter bem de corpo e mente.

    Procurei algumas atividades que pudesse listar pra vocês, como indicação, pois algumas eu fiz, outras ainda tentarei:

- Colocar as séries Netflix em dias
- Assistir filmes que sempre dizíamos que iriamos ver e não tivemos oportunidade, em nossa correria diária
- Nos dedicar a um hobby (artesanato, pintura, colagem, costura)
- Separar roupas e sapatos para doação
- Aprender novas receitas culinárias
- Colocar em dias a leitura daquele(s) livro(s) que estão pela metade ou apenas iniciamos a leitura
- ouvir nossas músicas preferidas ou descobrir novos gostos musicais (por isso gosto de ouvir rádio)
- Dedicar um tempo pra meditar, pensar na vida, tentar fazer Ioga (No Youtube tem muitos vídeos nesse tema)
- Caso seja religioso, dedique um tempo pra orações em família ou sozinho(a)
- Assistir um programa de comédia, do Youtube ou da TV Aberta, se você gostar.
- Nos finais de semana, procure assistir a Live de algum cantor que você gosta ou alguma atividade que não seja vinculada ao trabalho
- Faça chamadas de vídeo com frequência, para amigos e parentes. Isso ajuda a manter o vinculo até tudo voltar ao normal
- Brinque com seu filho, se tiver. O contato com as crianças é muito importante nesse momento, pra nós e pra eles.

Bom, também vou indicar aqui uma leitura que achei muito interessante, ainda sobre esse tema, do Blog da Natura: 


Espero que todos vocês estejam bem, em casa e se cuidando.
Logo tudo passará e retomaremos nossas vidas corridas, mas não como antes, e sim muito melhores.

Até mais!

Equipe do Blog

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Editorial: O desafio do Home Office

Amigos Leitores,

    Diante do cenário atual, de pandemia mundial e mudança de hábitos corporativos, tive uma oportunidade única, que ainda não tinha experimentado em minha carreira profissional: o tão comentado "Home Office".
Já tinha ouvido falar e até já tinha visto outros profissionais utilizarem essa modalidade. Lembro-me de algumas reportagens que o colocava em alta, como uma tendência crescente no mundo profissional. 
Porém, eu mesma nunca tinha experimentado. 



    Pois bem, chegou o dia: Diante do avanço da pandemia a empresa onde trabalho resolveu colocar todos os funcionários do setor administrativo em Home Office.
Recebi as ferramentas de trabalho e procurei um local na minha casa pra instalar meu escritório. E os desafios chegaram.
Tenho uma filha de 2 anos e moro com meus pais, eis a questão: Pra minha filha eu estou agora o dia todo pra ela, manter o foco no trabalho foi o primeiro desafio.

    Conversei com minha família, expliquei as medidas adotadas pela empresa e resolvi a questão da atenção integral que minha filha queria de mim. 
Trabalhar em casa também tem outros desafios, como, por exemplo, a questão da alimentação e do horário a ser cumprido, que pode ter a tendência a se estender, mas com disciplina e organização, tudo dá certo. 
Estou desde o dia 18/03 em Home Office e acredito ter encontrado minha rotina de trabalho e já estou adaptada com essa nova modalidade.
Acrescentei mais essa experiência na minha vivência corporativa e agora entendo quando leio que o Home Office exige disciplina, foco, concentração...realmente, tudo ao seu redor é um convite a se distrair, pois vc quer ajudar, fazer outras coisas...mas não é a hora, vc está em seu expediente, todas as outras coisas podem esperar, assim como esperariam se vc estivesse no escritório, fora de casa.

    E as vantagens? Sem trânsito, sem gastos com almoço fora, qualidade de vida melhor.
Meu respeito pelos trabalhadores Home Office só cresceu depois dessa experiência.

Até mais!

Equipe do Blog

quinta-feira, 12 de março de 2020

Editorial: A importância da qualidade de vida corporativa para o colaborador

Amigos leitores, 

   Uma das coisas que mais observamos em uma empresa é se ela oferece um mínimo de qualidade de vida para os seus colaboradores: desde as necessidades básicas (de acesso por transporte público, acesso a serviços de farmácia e restaurantes), um clima interpessoal leve e propício ao trabalho (sem cobranças exageradas e assédio moral) entre os colaboradores técnicos e a gestão até a oportunidade de crescimento profissional.
   Buscando falar sobre esses pontos, e outros mais aprofundados nesse tema, trago um texto sobre a importância da qualidade de vida para os profissionais da atualidade:

"Levantamento realizado recentemente pela plataforma 'Love Mondays' revelou que a qualidade de vida está entre os três principais indicadores de satisfação dos funcionários brasileiros no ambiente de trabalho, ficando atrás apenas de remuneração e benefícios, em primeiro lugar, e das oportunidades de carreira, na segunda posição. Não à toa, as empresas estão cada vez mais preocupadas em proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos colaboradores.



   Não é apenas o funcionário quem ganha quando a empresa investe em bem-estar. O indicador está diretamente relacionado à produtividade.
Mas como proporcionar qualidade de vida aos colaboradores? “As empresas têm que ser mais flexíveis em suas políticas – remuneração, benefícios e até jornadas de trabalho – para atender a diferentes perfis de funcionários”, afirma Carlos Alberto de Deus, diretor global de RH para supply chain da AB InBev.
Por isso, várias estratégias de recursos humanos podem ajudar o seu negócio. Veja, a seguir, algumas opções que vão ao encontro desse objetivo.

1 - Capacitar lideranças

   Mais do que oferecer um plano de carreira, é importante capacitar os profissionais técnicos quando estes alcançam cargos gerenciais. Caso contrário, a pessoa pode demonstrar falta de habilidade ao exercer sua nova função e desmotivar a equipe, o que vai diminuir a produtividade e ainda influenciar na qualidade de vida. “Para além dos aspectos comportamentais, capacitar a liderança inclui ensinar a gerir expectativas, saber ouvir o colaborador, auxiliar na evolução profissional e respeitar a diversidade. Tudo isso ajuda a empresa a proporcionar uma melhor experiência profissional”, afirma Ramos, da Peoplenect.

   Para o executivo da AB InBev, uma boa forma de capacitar um profissional recém-promovido é designar a ele um mentor, um líder já comprovadamente eficaz na função. Essa figura pode trocar experiências ou orientar o que fazer em certas situações. Outro ponto importante é não promover um colaborador a líder somente pelo bom desempenho em suas tarefas. Caso ele não tenha as habilidades ou o desejo de se tornar líder, é melhor estruturar um plano de carreira focado em cargos técnicos do que promovê-lo a gestor.

2 - Investir na saúde financeira

   A inadimplência é um dos principais fatores que prejudicam a atividade profissional. Segundo estudo da Unicamp e do Instituto Axxus para a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), 96% dos profissionais de RH acreditam que os colaboradores com mais dificuldades em administrar suas próprias finanças são menos produtivos.

   Por isso, as empresas estão cada vez mais preocupadas em oferecer soluções para seus funcionários administrarem suas finanças. É o caso do Grupo HBW, rede de concessionárias das marcas Honda e Volkswagen. A empresa oferece crédito consignado há mais de nove anos. Nessa modalidade, o colaborador pode colocar o salário como garantia para conseguir condições melhores e prazos maiores para pagar suas dívidas. Assim, o colaborador pode se organizar para pagar suas dívidas sem ficar com seu salário comprometido na sua totalidade.


3 - Dar feedback

   Todo profissional deseja crescer na carreira. E o feedback contínuo é uma das melhores ferramentas para ajudar o colaborador a se desenvolver. É uma oportunidade de sinalizar se ele está no caminho certo ou não, ressaltar suas virtudes e indicar em quais pontos ele precisa melhorar. “Sem dúvida, a prática de feedback constante ajuda o profissional a desenvolver as habilidades necessárias para executar adequadamente suas funções, seja individualmente ou em equipe”, diz Ramos. Tudo isso faz com que o profissional também se sinta bem orientado e seguro, melhore sua autoestima e tenha segurança no que faz. “É um momento mais do que importante para fortalecer as relações entre líderes e equipes”, afirma Camila, da D’Or Consultoria.

4 - Reconhecer o bom trabalho

   Todo mundo gosta de receber elogios ou ser parabenizado por uma tarefa bem executada. “Além de o profissional se sentir valorizado, é um instrumento de incentivo para que os outros colaboradores entendam o que é importante dentro da cultura da empresa”, explica Ramos. Porém, muitas vezes, os gestores costumam criticar em público e raramente ressaltar um trabalho bem feito. “Fácil de ser compreendido, mas nem sempre bem executado, é o jargão: elogie em público e repreenda em particular”, justifica. “Auxilie na correção de eventuais desvios de rota e esteja sempre atento aos gaps de conhecimento que, uma vez identificados, podem fazer parte de um plano de desenvolvimento profissional”, conclui.


5 - Abrir um espaço para o diálogo

   Muitas vezes, os funcionários sentem que não são ouvidos pela empresa. Porém, mais importante do que escutar o que eles têm a dizer é manter um diálogo aberto, seja sobre produtos do negócio, concorrência e até mesmo mudanças nos programas da companhia. “Isso permite que os colaboradores se sintam respeitados e percebidos, reforçando valores como altruísmo e a diversidade das opiniões”, afirma Camila, da D’Or Consultoria.

   Além disso, é sempre válido entender deles como aumentar o nível de engajamento, o sentimento de pertencimento e a própria qualidade de vida da equipe. “O canal tem que estar sempre aberto para que, mesmo quando a sugestão não for aprovada, o colaborador entenda o porquê e qual caminho a empresa achou melhor seguir”, afirma Carlos Alberto de Deus.

6 - Melhorar as condições de trabalho

   Propiciar um espaço mais confortável com ajuda de mobiliário, conforto térmico, acústica e iluminação adequados também pode ajudar. “O ambiente de trabalho é a base de tudo”, explica o executivo da AB InBev. “Isso é importante especialmente ao pensar em espaços que favorecem a colaboração, integração. Cada vez mais, vamos passando do modelo de escritório com portas fechadas para outro, com espaços abertos e mais colaborativos”, finaliza."

   Mais importante que um local adequado para trabalhar é sentir-se bem, fisíca e psicologicamente, para estar no ambiente profissional e na companhia das pessoas da equipe.
Procure sempre o que te faz bem e te deixa feliz.

Até mais!

Equipe do Blog.

Fonte:  Matéria original e completa publicada em 05/11/2019 e atualizada dia 20/01/2020, no portal da Revista Você RH: https://exame.abril.com.br/carreira/6-dicas-para-melhorar-a-qualidade-de-vida-do-seu-colaborador/
Acesso em 12/03/2020.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Editorial: As mudanças corporativas e seus impactos na equipe

Amigos leitores,

 Recentemente a empresa onde trabalho passou por mudanças em sua gestão e isso causou impactos na equipe, pois já fazia muito tempo que não haviam mudanças e isso causa uma estranheza inicial e um sentimento de "como vai ser agora?". 
Mas nada como um profissional preparado para se adaptar à nova realidade e adaptar-se às novas rotinas, que é o que se espera de profissionais da nossa área.
Trago hoje um texto do portal Administradores.com, que trata desse tema: 

"No cenário atual, que falamos de crise, é muito importante que as empresas adotem estratégias de mudança para sua sobrevivência. No século XXI, onde as mudanças, principalmente as tecnológicas, são constantes, o processo de gestão é de extrema importância para manter a competitividade das empresas que devem ver estas mudanças como oportunidades e não como dificuldades. Ou seja, a organização deve estar sempre aberta para as inovações, porém sem perder a sua identidade.

As mudanças acontecem de maneira diferente, em meios diferentes, por isso a estratégia, é fundamental neste processo pois dá um direcionamento das ações, para alcançar os objetivos. O processo de mudanças deve ser feito de uma forma abrangente, ou seja, deve ser encarado como algo contínuo, onde deve ser passado para todos os colaboradores os motivos e benefícios das mudanças que serão implantadas, para que eles não se sintam esquecidos, e obrigados a realizar algo que não seja do conhecimento deles, e consequentemente gerar resistência.


Por não ser fáceis, as mudanças geram muita resistência, principalmente quando vem de fora, gerando assim grandes incertezas. Elas ocorrem de acordo com os acontecimentos, adequando o novo modelo a organização.
Se as empresas souberem aproveitar melhor o capital que é humano, irá obter grandes resultados, envolvendo a equipe e deixando claro os papéis de cada um, inclusive seus ganhos, para evitar resistência, encarando os desafios e as mudanças como algo rotineiro. A postura que a empresa adota perante os colaboradores, em favor das frequentes mutações do mundo globalizado é que vai determinar o sucesso ou o fracasso da organização.


Mesmo com tantas opções no mercado, de consultorias que prometem grandes resultados, a empresa deve valorizar o que ela tem de mais relevante que são as pessoas e e os seus conhecimentos e opiniões, pois elas podem produzir excelentes resultados, se as suas qualidades forem notas e valorizadas."

Se vc está passando por mudanças eem sua empresa, tanto de gestão como realinhamento de funções ou de pessoal, saiba que não deve temer pela sua posição se você faz seu trabalho bem feito e com competência e eficiência.
E se vc saiu da empresa por algum motivo, saiba que o  mercado está acirrado, mas se vc é um bom profissional e tem boas referências, logo será absorvido novamente.

Até mais!

Equipe do Blog.

Fonte: Portal administradores.com, texto original publicado em 17/04/2019: https://administradores.com.br/artigos/o-impacto-das-mudancas-nas-organizacoes. Acesso em 12/02/2020.

sábado, 18 de janeiro de 2020

Editorial: Violência Doméstica e seu impacto nas empresas

Amigos Leitores,

     Hoje vamos falar sobre um assunto delicado, polêmico, porém recorrente  e, por isso, necessário: Violência Doméstica.
Falar sobre esse tema é importantissimo no cenário corporativo atual.
Cada vez mais observamos nos noticiários, rodas de conversa e programas de atualidades que a violência doméstica é crescente. Embora saibamos que ainda tem muito que ser desconstruído no pensamento da sociedade, observamos a mudança como algo positivo, pois a informação está chegando aos lares e cada vez mais mulheres estão buscando ajuda. 

A mulher hoje em dia é mãe de família, muitas vezes é ela a provedora de recursos para sua vida e de seus familiares.

     Por essa razão, ela também está possuindo autonomia para aceitar ou não um relacionamento e uma recusa não pode ser motivação de violência, pois a mulher é também funcionária e o emprego é parte essencial para ela e sua família. Por essa razão, o texto da pesquisa de hoje fala sobre as providências que estão sendo tomadas nas empresas no sentido de trazer mais segurança para que as mulheres falem desse assunto na empresa, em seus lares, com suas amigas e incentiva que elas tomem uma atitude em suas próprias vidas:
"Diante do aumento da violência doméstica no país, empresas se engajam para combater o problema criando programas de acolhimentos para as funcionárias.
De acordo com o 13o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançado em agosto, há um registro de violência doméstica a cada 2 minutos no país.
Só em 2018 foram 263 067 casos de lesão corporal dolosa, aumento de 0,8% em comparação ao ano anterior, e 1 206 assassinatos — alta de 4% no mesmo período. Em 88,8% das mortes, o autor do crime era o companheiro ou o ex-companheiro.

     Denise Neves dos Anjos era uma funcionária exemplar. Gerente de uma loja do Magazine Luiza na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, não dava pistas de que vivia um drama pessoal fora dali.
Vítima de violência doméstica, os colegas de trabalho só descobriram que ela era constantemente agredida quando o ciclo de agressão atingiu seu ápice: o feminicídio. Em 2017, aos 37 anos, a profissional foi brutalmente assassinada pelo marido. Situações assim não são isoladas no Brasil.
A morte da trabalhadora gerou um questionamento em Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza: “Por que ninguém da loja reparou que havia um problema ali?” Decidida a evitar que a situação se repetisse, a executiva criou há dois anos um programa de acolhimento para as funcionárias vítimas de violência.

     Sua primeira medida foi disponibilizar um canal telefônico no qual as empregadas pudessem buscar ajuda psicológica e jurídica. Desde a inauguração da linha, 274 mulheres já foram atendidas.
Em 15% dos casos, foi necessário transferi-las para outra unidade por motivos de segurança. E a busca pela ferramenta, segundo a companhia, tem crescido: em 2018 foram 108 atendimentos. Até setembro deste ano, já eram 109 registros (hoje, todos os novos empregados são apresentados oficialmente ao programa durante a integração).
Além da criação de um canal de apoio, outra atitude do Magazine Luiza foi treinar a liderança para identificar evidências de violência doméstica.
“Orientamos os gestores a checar a baixa produtividade, observar se a mulher fica pelos cantos, se ela chora, se não quer fazer amizade”, diz Tarsila Mendonça, analista de integridade do Magazine Luiza e responsável pelo Canal da Mulher.
Segundo ela, foi importante também esclarecer que a agressão não é só física, pode ser psicológica. Isso porque muitas vezes quem acessa a ferramenta não é a vítima — e sim um chefe ou colega que conseguiu identificar o problema.
Cristina Kerr, professora na Fundação Dom Cabral e CEO da CKZ Diversidade, consultoria de diversidade para empresas, ressalta que o principal desafio do RH nesse processo é conscientizar e sensibilizar a organização.
“As pessoas costumam achar que elas não têm nada a ver com isso. Primeiro, é essencial desconstruir aquela crença, que aprendemos desde cedo, de que ‘em briga de marido e mulher ninguém mete a colher’”, diz a especialista. Se o assunto for um tabu, dificilmente o canal de apoio será utilizado: “As empresas devem fazer campanhas, rodas de conversa e workshops sobre o tema, explicitando que apoiam a causa”, completa Cristina.
Esse papel “comunicador” do RH, de criar espaços de diálogo e de troca de informações, é fundamental para que os funcionários sintam que a preocupação é genuína e tenham coragem de agir.

     Com 80% de mulheres em seu quadro, a Marisa abraçou a questão em março deste ano, depois de receber nove pedidos de socorro de funcionárias que estavam sendo ameaçadas ou agredidas pelos companheiros. Antes de iniciar um programa de combate à violência doméstica, a companhia procurou o Magazine Luiza.
Depois de ouvir os conselhos da própria Luiza Helena Trajano, os executivos da varejista de moda conversaram também com os responsáveis pelo canal para entender qual seria a melhor maneira de estruturar a própria política.

Depois disso, a Marisa ainda aplicou uma pesquisa sobre violência doméstica em todos os empregados para mapear o que pensavam a respeito.

     O resultado do levantamento apontou que o conhecimento era alto entre o público feminino e o masculino: 98% das mulheres e 95% dos homens afirmaram que sabiam do que se tratava a violência doméstica.
Ainda assim, a Marisa detectou que a maioria associava a questão exclusivamente à agressão física. Mas a lei diz que situações de abuso emocional, como desvalorização, xingamento e piadas machistas, também configuram violência.

      O maior desafio do programa, pontua Carolina, é convencer as mulheres a usá-lo. “Elas se sentem envergonhadas e temem o julgamento.
Como muitas têm medo de fazer uma denúncia formal, nossa missão é desmistificar a ideia de que o canal é uma ligação direta com a polícia”, afirma a executiva, que também é líder da comissão de Enfrentamento à Violência Doméstica Contra a Mulher da Marisa.
O grupo, formado por oito mulheres que atuam em diferentes áreas da varejista, como jurídica, RH, marketing e operações, se reú­ne uma vez por mês para discutir casos críticos e preparar materiais e ações sobre o assunto, além disso, responde diretamente ao presidente da companhia, Marcelo Pimentel.
Além de ser positivo para as vítimas, o combate à violência é benéfico para o mundo corporativo, inclusive em aspectos menos óbvios, como atração e retenção de talentos. Pesquisas mostram que gerações como a Z — nascidos a partir dos anos 90 — são mais seletivas quando buscam um emprego.

     Um estudo realizado em 2017 pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Instituto Maria da Penha (IMP) no Nordeste, com 10 000 mulheres, mostrou que, naquele ano, as trabalhadoras que declararam sofrer violência por parte dos companheiros faltaram ao trabalho, em média, 18 dias no ano.
Entre elas, 47% relataram perder de um a três dias; 22%, de quatro a sete dias; 20%, de oito a 29 dias; e 12%, 30 dias ou mais. O levantamento estimou que, só por causa do absentismo causado por violência doméstica, a perda para as companhias de capitais nordestinas é de cerca de 64,4 milhões de reais.
Quando uma companhia toma consciência de que o problema também é dela, abre uma janela de oportunidade para essas mulheres, principalmente porque esse problema afeta diretamente na produtividade da empresa, conforme aponta o estudo acima."

     O mais importante é a rede de apoio, a união dos familiares e amigos que vão proporcionar à vítima a segurança necessária pra ela manter sua decisão de ficar afastada do agressor, impedindo que ele continue as pressões e agressões psicológicas (contatos telefônicos, mensagens e contatos por redes sociais). Se você observar algo estranho com alguma amiga ou familiar, ajude! Se aproxime, busque conversar e aconselhe que ela busque ajuda. Violência doméstica é algo sério, não é "se meter" na vida da pessoa e nem indelicadeza, muito pelo contrário, é preocupação e apoio.


Até mais!

Equipe do Blog

Fonte:  Matéria original e completa publicada em 10/12/2019,no portal da Revista Você RH: https://exame.abril.com.br/carreira/saiba-como-estas-empresas-se-engajaram-para-combater-a-violencia-domestica/
Acesso em 18/01/2020.

Mensagem de Ano Novo - pós recesso


Amigos leitores,

Nós que fazemos o Blog desejamos um ótimo ano de 2020, repleto de conquistas e boas realizações à todos os amigos e leitores.

Também aproveito para divulgar que esse ano vamos mudar um pouco a dinâmica de publicações dos nossos textos, com a finalidade de tornar as leituras mais recorrentes e interessantes e esperamos contar com suas sugestões e opiniões através do nosso e-mail: blogdesecretariado@gmail.com

Um ótimo 2020 à todos!