sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Editorial: O tema do momento é...Salário Emocional

 Amigos Leitores,

Em outubro ocorreu o meu retorno ao trabalho presencial, agora estou trabalhando no formato híbrido. Confesso que minha adaptação ainda está ocorrendo, pois foram 8 meses trabalhando apenas Home Office, mas está ocorrendo tudo dentro da normalidade.

Tenho lido alguns artigos e postagens trazendo de volta um tema que não é novo, mas que, a meu ver,  foi pouco comentado na época em que surgiu: o Salário Emocional. Me questionei se esse assunto voltou a figurar nas redes por motivo de tantas perdas que alguns profissionais tiveram em seus locais de trabalho: reduções salariais, redução de benefícios, dentre outros. Percebo o  "salário emocional" como justificativa aos motivos pelos quais os funcionários resolveram permanecer em seus postos de trabalho apesar das perdas, agora que tudo está voltando ao normal.

Mas, para entender melhor o conceito e abrangência desse tema, trouxe um artigo do site rh.com.br:

"Salários generosos sempre foram o principal artifício utilizado pelas empresas para atrair e manter bons profissionais. Quando a remuneração deixou de ser o único item avaliado pelas pessoas, as organizações passaram a oferecer uma série de benefícios adicionais, como auxílio em despesas médicas, creche para os filhos dos funcionários e subsídios em cursos de capacitação e qualificação, para citar os exemplos mais comuns. Hoje, no entanto, quem está no mercado quer mais do que simplesmente ganhar mais. É por isso que os gestores estão cada vez mais atentos ao chamado “salário emocional“.

Ao contrário de um salário comum, o salário emocional não é representado por uma cifra e nem está registrado em carteira. Trata-se, na verdade, de um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa. Por ser algo subjetivo, que varia de acordo com cada ambiente ou tipo de profissional, sua composição acaba sendo diferenciada.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Kienbaum – empresa que possui mais de 20 anos de atuação na área de Recursos Humanos a – junto a 18 mil líderes, entre diretores e gerentes, apontou que o item mais importante para o profissional se sentir bem e motivado em uma organização está relacionado ao progresso na carreira, ao aprendizado e ao desenvolvimento.  A natureza das atividades, um ambiente de trabalho desafiador e o conteúdo enriquecedor da função também são levados – e muito – em conta. A remuneração apareceu só na quarta posição.

Nova call to action

A oportunidade de se desenvolver e crescer, em muitos casos, pesa mais na escolha do profissional do que um alto salário, avalia Fausto Alvarez, um dos sócios da Kienbaum. Esse é um dos fatores que compõem o salário emocional, que na avaliação do especialista acaba funcionando como um meio de retenção. São ações que atendem desejos e necessidades dos colaboradores e que os “prendem” a um determinado emprego. “Mas isso deve estar relacionado a possibilidades reais de crescimento, desenvolvimento constante e novos desafios”, lembra Alvarez.

Aplicação

Cabe ao gestor, principalmente, conduzir o processo de desenvolvimento de sua equipe, o que irá resultar em um clima organizacional positivo e na “construção” do salário emocional. Isso não quer dizer que o colaborador não deva fazer sua parte, demonstrando interesse e buscando se capacitar para melhorar seu desempenho e aumentar as chances de dar um salto na carreira.

A regra é que as possibilidades de desenvolvimento e crescimento sejam oferecidas a todos, sem distinção. “Uma boa política e processos de meritocracia acabam naturalmente mostrando que as melhores recompensas serão sempre destinadas àqueles que entregam mais resultados”, reforça Alvarez. Essa clareza é importante para evitar rumores de que uma ou outra pessoa possa se beneficiar por motivos que vão além da sua atuação profissional, por exemplo.

Quando vale?

A atuação da área de Recursos Humanos de uma organização é decisiva no processo de motivação e retenção de pessoas através do salário emocional. Ela deve levar o tema de forma estruturada para o grupo que tem a responsabilidade pelas decisões mais importantes e estratégicas da organização. Alvarez ressalta que o salário emocional está diretamente ligado ao clima e ao desempenho das pessoas. “Se estivermos em uma organização que nos oferece possibilidades de crescimento pessoal, de aprendizado contínuo, de desenvolvimento, um trabalho desafiador, onde tenhamos a oportunidade de mostrar que podemos trazer uma contribuição diferenciada, o clima será muito melhor e o desempenho também, para que as pessoas acompanhem e mereçam todas as possibilidades que surgirem”, avalia.

Mas como as organizações e os profissionais podem se beneficiar do salário emocional, já que, na prática, é algo intangível? Alvarez responde: “O principal benefício que ele gera é, sem dúvida alguma, o sentido de pertencer àquela organização, e não há nada mais valioso que isto para uma empresa, ou seja, o desejo dos seus colaboradores de que pertencem àquela empresa e de saber que seus talentos desejam continuar lá”.


O que é um salário emocional?

É um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa. Dentre eles se destacam:

  •  Oportunidades de desenvolvimento profissional;
  • Oportunidades de progressão na carreira;
  •  Reconhecimento do trabalho;
  •  Motivação;
  •  Ambiente de trabalho positivo;
  •  Natureza e desafios do cargo ocupado;
  •  Conteúdo enriquecedor da função desempenhada.
  • Sentir-se parte da organização em que se trabalha."


Para nós, Profissionais de Secretariado Executivo, o salário emocional na maioria das vezes tem grande parcela de contribuição na nossa motivação em estar na empresa. Mas, claro, esse é um dos fatores, podendo não ser o principal, sempre vai depender do clima organizacional e do profissional que está atuando na empresa. Vale a pena refletir se vc está satisfeito com seu salário material e emocional.

Eu, por exemplo, estou muito satisfeita com a empresa onde trabalho, sinto que sou valorizada e gosto muito do clima organizacional da minha equipe e dos meus gestores. Meus dois salários, físico e emocional,  são muito bons pra mim, no momento.


Até mais!


Fonte: Artigo pubicado em 13/04/2017, no site: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/salario-emocional/, acesso em 13/11/2020.