sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Editorial: "Nada é pessoal"...como lidar com "feedback construtivo"

Em nossa rotina nos deparamos, muitas vezes, com um feedback construtivo, ou uma conversa sobre "pontos a desenvolver" (a popular crítica construtiva) e nesse momento precisamos saber lidar com a nossa reação. 
Seja como colaborador ou como líder de equipe, precisamos entender que as relações entre líder e liderados muitas vezes passa a sensação de "amizade". Essa postura muitas vezes é importante para manter a boa relação interpessoal e facilitar as ações de motivação entre os colegas corporativos. 
Porém, alguns feedbacks são vistos como "ofensa" ou "perseguição" e nesse momento precisamos saber lidar com a situação. 
O texto abaixo fala justamente dessa questão:


"Caros executivos,
Qualquer um na sua posição tem pavor da expressão “é pessoal”. E com razão. No ambiente profissional, espera-se que o colaborador entenda que as decisões tomadas para o crescimento e desenvolvimento da empresa sejam meramente ferramentas e não devem gerar descontrole emocional do ego. Essa regra de etiqueta é bem conhecida de quem atua no ambiente corporativo. Mas alguém a segue cem por cento? Acredito que não, não é mesmo? Atenção ao paradoxo: tudo, mas tudo mesmo, é pessoal. E nada é.

Queridos colaboradores,
Tudo é pessoal porque a empresa não é um polvo desgovernado com tentáculos movido à vontade própria. A empresa não existe. A empresa são vocês. Vocês e seus líderes criam, juntos, um produto ou serviço, e não a “área de Novos Negócios”. No dia a dia, porém, nos parece que esse gigante zumbi é apenas uma máquina que trabalha para alimentar a si própria escravizando pessoas. Quantos colegas você já ouviu dizerem “vou sair do mundo corporativo, não aguento mais”?

Líderes e liderados,
Essa entidade, a empresa, é uma invenção nossa, que só serve para tirar a responsabilidade pelos nossos atos. Mas são pessoas que tomam decisões que impactam em pessoas. “Não queria fazer isso, mas a empresa precisa crescer”.  Sinto muito, é pessoal sim.
Agora, dizer que uma decisão é pessoal não significa dizer que ela gira em volta do seu umbigo, caro profissional. Se a empresa resolveu extinguir um departamento todo para cortar custos e demitiu você, é pessoal para você, sim, só que, para a empresa, é uma decisão estratégica e necessária. O que isto significa? Que a alta hierarquia desse grupo de pessoas decidiu eliminar algumas pessoas, pelo bem das demais.

Quando você, líder, diz que “não é pessoal”, espera-se que a politicagem, as traições, as invejas e outras questões mais baixas da natureza humana sejam deixadas de lado. Contudo, para ser sincera, nenhum ambiente corporativo está totalmente livre delas. Nesses casos, o discurso “não é pessoal” acaba sendo o da pior espécie. 

Nada deve ser pessoal, e remar nesse sentido pode parecer difícil, pois todos temos nossas afinidades. Por isso, o desafio é tornar as coisas pessoais, priorizando sempre o coletivo. Infelizmente, aqui no Brasil, é muito difícil as pessoas enxergarem o todo, pois somos ensinados desde pequenos a pensar em nós mesmos ao invés do contexto.

O que você, colaborador, deve fazer, é se ofender menos. Nem tudo no mundo foi feito para irritá-lo ou chateá-lo. Cresça e aceite que a vida às vezes tem situações difíceis e aprenda a lidar bem com elas. Esse é o profissional que todo o grupo de pessoas quer.
Entendendo essas verdades tão óbvias, não há mais espaço para um departamento de RH burocrático, não há mais espaço para uma área de gente. A área de gente é a empresa toda. A área que cuida de gente tem que ser a empresa toda. Há que se criar uma área de educação, que é hoje o coitadinho do treinamento e desenvolvimento que vive espremido entre um RH burocrático e uma presidência que corta “custos”.

Até que as faculdades e escolas de negócios incluam gestão de pessoas em todos os cursos, caberá aos líderes começar do zero e ensinar a seu grupo de pessoas como tratar uns aos outros para que as habilidades comportamentais facilitem a decolagem de uma empresa. Caberá também aos liderados investir no desenvolvimento de sua inteligência emocional para que se torne relevante o suficiente para entender e colaborar com o macro ambiente.

Aos líderes, deixo a dica de que uma empresa verdadeiramente pessoal é aquela que entende que trabalha com pessoas, que pessoas têm necessidades, têm outros compromissos, têm família, têm vida e ainda assim, olha só, querem trabalhar com vocês. É só vocês tornarem isso possível.

Não vou citar os tão falados escritórios coloridos e cheios de amenidades do Google, Facebook e afins. Eles servem ao seu público com muita eficiência (frequentemente aparecem na lista de empresas mais admiradas). Acontece que nem todo mundo tem esse perfil. Há profissionais que querem trabalhar de terno, que querem dizer que não têm tempo para nada.
São pessoas. Não há unanimidade.

Esqueça a pesquisa de clima. Levante de sua cadeira, converse com as pessoas, abra canais alternativos, se aproxime de seus braços e mantenha a cabeça de todos olhando para meta. Se eles se distraem com estresse e politicagem, volte o foco para o coletivo incessantemente. A era escravidão corporativa à empresa cavaleiro-sem-cabeça acabou. "

Então, precisamos estar atentos às situações e refletir sobre os feedbacks que recebemos. 

Até mais!

A autora

Fonte: Artigo publicado por Adriana Gattermayr, CEO da Gattermayr Consulting, na Revista Você S/A, Ed.Setembro/2016: http://vocesa.uol.com.br/noticias/carreira/nao-e-pessoal-uma-carta-a-lideres-e-liderados.phtml#.WAp5BvkrLDc. Acesso em 21/10/2016. 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Editorial: Cenário atual do Profissional de Secretariado Executivo

   No último dia 30 de Setembro foi comemorado o dia dos Secretários Executivos e na ocasião foi realizada uma palestra na Universidade Federal do Ceará - UFC com a escritora Madalena Mattos sobre a temática: Networking: Como construir e manter a rede. 
Foi um momento muito bom de interação entre os estudantes, alunos egressos do curos de Secretariado Executivo da UFC e profissionais da área de Secretariado e do sindicato das Secretárias e Secretários do Estado do Ceará. 
O evento foi promovido pelo Centro Acadêmico de Secretariado Executivo - Gestão Inovadora, com o apoio da Coordenação do Curso de Secretariado Executivo. 

O profissional de Secretariado Executivo é um profissional muito procurado pelas grandes empresas, pois possui uma atuação fundamental para o bom andamento e desenvolvimento das diversas áreas da empresa, pois ele promove a interrelação dessas áreas e atua com muito dinamismo e comunicação. 
O Blog conversou com Thays Garcia, aluna do Curso de Secretariado Executivo da UFC e atual secretária na empresa Dialogus Consultoria, sobre a atual visão do Secretário Executivo: 

Blog: Em termos gerais, vc acredita que a profissão de Secretariado Executivo vem crescendo em demanda de vagas no mercado?

Thays: Acredito que sim, com base na expectativa do mercado por profissionais completos e dinâmicos, perfil bastante característico do profissional de Secretariado Executivo. De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), o Secretariado Executivo é a terceira profissão que mais cresce em todo o mundo. Contudo, têm-se em outro âmbito o aumento da competitividade, o que faz com que os profissionais se capacitem em busca da sua empregabilidade. 


Blog: Você acredita que os Secretários Executivos estão preocupados em melhorar sua qualificação profissional, diante do atual cenário organizacional?

Thays: Acredito que a profissão de Secretariado Executivo, dentre outras, vem se reinventando, de tal forma, que os profissionais estão trazendo ao mercado habilidades e conhecimentos multidisciplinares. A alta competitividade entre em empresas, transfere-se para o capo individual de cada profissional, que necessita também acompanhar as mudanças do mercado. Pela minha experiência, afirmo que para agregar no meu local de trabalho, tive que procurar conhecimento de áreas complementares a de Secretariado Executivo, buscar desenvolver ao máximo habilidades e conhecimentos até então não explorados, como gestão comercial, relacionamento com clientes, marketing e gestão empresarial. 

Blog: Quais suas expectativas para os futuros profissionais que estão graduando-se e entrando no mercado de trabalho?

Thays: A formação em Secretariado Executivo, por ser bastante ampla, concede ao profissional recém-formado uma gama de conhecimentos. Nesse sentido, com essa base que ainda necessitará de experiência prática para se fortalecer, o profissional é capaz de atuar em diversos tipos de organizações, sejam elas do primeiro, segundo ou terceiro setor. Além disso, o profissional pode atual em qualquer nível da organização, estratégico, tático ou operacional, através da assessoria a setores ou gestores.  A expectativa é que estes profissionais se qualifiquem e aproveitem as oportunidades que o mercado oferece. Acredito que apesar da economia nacional demonstrar-se instável, o bom profissional é capaz de inovar e manter-se empregável!!




Agradecemos à Thays Garcia por sua contribuição para o Blog.








Até mais!

A Autora.