terça-feira, 23 de novembro de 2021

Editorial de pausa: Ano Sabático

 Amigos leitores,


Na edição de hoje venho comunicar uma pausa que preciso fazer em minha vida profissional e pessoal.

Resolvi dividir com vocês essa fase da minha vida porquê sempre prezei pela transparecia das minhas postagens e matérias aqui divulgadas. 

Pois bem, em Junho/2021 minha família enfrentou a perda de um ente muito querido e que era do nosso convívio diário, meu único irmão. Ele faleceu vítima do COVID-19. 

Essa foi uma perda muito significativa pra todos nós, pois ele era o alicerce da nossa família, que contava em 05 pessoas no momento em que isso aconteceu conosco. 

Devido a essa fatalidade, tive e ainda estou em processo de reorganização de todas as áreas da minha vida e, com isso, resolvi fazer algo que até o momento eu achava impossível de acontecer, pelo menos na minha atual idade cronológica: Vou tirar um ano sabático.

Então, após essa decisão, como todas as coisas que faço, fui pesquisar tudo sobre o assunto e trouxe aqui os meus resultados, pra dividir com vocês até mesmo a título de informação, pra quem precisar depois dar essa pausa também: 



"Quem nunca sonhou em passar um ano viajando pelo mundo? Como seria a sua vida após voltar de um ano sabático? 

Tirar uma ano sabático, ou gap year, é um daqueles presentes que todas as pessoas do mundo deveriam poder dar a si em algum momento da vida. 

Esse período, geralmente, é caracterizado por ser um período no qual o profissional tira uma “licença” da carreira profissional e dedica esse tempo de repouso a si mesmo ou a algum projeto especial. Na maior parte das vezes, esse tempo inclui uma viagem não só para desfrutar, mas também para refletir sobre a vida. Mas, apesar de ser muito conhecido, esse tipo de ‘folga’ não sai do papel no caso de muita gente. Isso porque são poucas pessoas que realmente sabem o que é um ano sabático, quais as vantagens desse tipo de licença e nem sabem como se planejar e ficar parado durante um ano.

Pensando nisso, vamos abordar o que é o ano sabático, suas vantagens e desvantagens, e mais.

O que é o ano sabático?

O ano sabático, também conhecido como gap year, nada mais é do que um tempo reservado para desacelerar e fazer o que você realmente deseja. Ou seja: é um período de pausa na carreira, que pode ser de alguns meses ou então um ano completo (12 meses). Esse tempo pode ser dedicado para refletir, ter novas experiências ou mudar o estilo de vida.

Na maior parte dos casos, o período sabático serve para cuidar de assuntos pessoais, realizar projetos de vida, fazer uma viagem, aprender um novo idioma, ir para um intercâmbio no exterior ou viajar pelo mundo. Vale lembrar que ano sabático não é sinônimo de férias. É um momento de reflexão sobre o que você realmente deseja fazer da vida. O maior propósito do ano sabático é realizar mudanças profundas na sua vida ou carreira.

Como surgiu o ano sabático?

O termo surgiu através das tradições do costume judaico, que consistem no dia de descanso para os judeus. Na bíblia, o ano sabático é conhecido por Shemitá, que na tradução literal do hebraico significa “libertação”.

No Torá, o livro sagrado dos judeus, ano sabático é descrito como a fase de repouso da terra, onde não podia cultivar a agricultura. Segundo as normas da bíblia judaica, o ano sabático ocorre de sete em sete anos, sendo seis anos de cultivo e um para o descanso e recuperação.

Por que as pessoas fazem o ano sabático?

Na maior parte dos casos, as pessoas fazem um ano sabático após um longo período de trabalho e quando precisam repensar algo, descansar, cuidar de familiares ou então colocar um projeto pessoal em prática. O intuito não é largar tudo sem pensar, mas esquecer de tudo para pensar em como resolver os paradigmas da vida. O intuito de um ano sabático é fazer você viver um período minimalista.

Muitas pessoas, religiões e até empresas acreditam que, ao tirar um ano sabático e refletir sobre diversas coisas, as pessoas podem tomar melhores decisões, comunicar-se de maneira mais adequada e desenvolver bons relacionamentos interpessoais.

Vantagens e desvantagens do ano sabático

Vantagens:



1) Expansão de horizontes

Sem dúvidas, uma das melhores coisas de um período sabático é poder ampliar seus horizontes. Isso não significa dar a volta ao mundo, mas se permitir conhecer novos lugares e culturas, até mesmo dentro da sua cidade. Ou seja, tentar enxergar as coisas de uma outra forma. 


2) Realização pessoal e profissional

Além propiciar uma série de experiências e vivências, com coisas boas e desafios, o ano sabático quase sempre proporciona a conquista de sonhos pessoais e profissionais que estejam alinhados com seu propósito. Isso não têm preço. Muitas pessoas aproveitam para aprender novos idiomas e vivenciar culturas e costumes diferentes do seu.

3) Experiência de vida

Ter tempo para se dedicar à família, comunidade, ao estudo ou a uma viagem pode gerar mudanças profundas. Esse conhecimento, apesar de comumente compartilhado através de filmes, livros, vídeos, etc, só é realmente adquirido na prática, através da vivência.

4) Mais Criatividade

Fugir da rotina e do trabalho exaustivo possibilita que a pessoa possa ver e vivenciar novas situações. Isso faz a cabeça fervilhar: surgem insights, ideias e até projetos novos. Ou seja: portas se abrem e novas possibilidades. Esse é o momento de correr atrás de algum sonho esquecido ou de apostar em algo novo.

5) Consolidação de Relacionamentos

Seja se aproximando dos novos amigos - que você fez durante uma viagem - ou da própria família, o ano sabático possibilita que a pessoa trabalhe a qualidade dos relacionamentos pessoais. Afinal, você vai ter mais tempo livre para se dedicar às pessoas.

Desvantagens:

1) Intromissões

Não importa o que façamos, sempre vai ter alguém para opinar sobre os nossos atos. Quando o assunto é ano sabático, isso não é diferente e, pior, fica ainda mais forte. Todo mundo terá uma opinião a respeito do seu período sabático. Então é importante que você esteja preparado para julgamentos e críticas. 

2) Dinheiro

Lembre-se que, muito provavelmente, você não vai ter uma renda fixa como garantia. E, por mais que seja um investimento, com o período sabático você gastará bastante dinheiro. Talvez você crie novos padrões de consumo e se desapegue de alguns hábitos. 

3) Tédio

Programar um ano sabático e ficar entediado não traz benefícios. É importante utilizar o tempo livre para refletir sobre pontos da sua vida, como seu plano profissional, relações, e, é claro, para melhorar sua formação. Procure aprender uma língua, fazer cursos, desenvolver projetos e viajar. 

4) Riscos

Sempre haverá o risco de voltar de um ano fora e não conseguir o mesmo cargo, salário ou prestígio profissional. Por isso, caso trabalhe em uma empresa, não esqueça de conversar bastante com seus gestores e alinhar tudo com eles.

5) Incertezas

Mudar de vida e fazer algo diferente sempre gera muitas dúvidas e ansiedade. Mas precisamos aprender que, ao longo da vida, incertezas sempre surgirão. Apesar disso, é melhor viver com a certeza de uma decisão tomada visando algo positivo, do que a incerteza de não saber o que poderia ter acontecido. 


Como tirar um ano sabático?

Se você está interessado em tirar um período sabático, é essencial fazer um bom planejamento. Afinal, esse será um tempo no qual você não terá uma renda e nem um trabalho fixo. O primeiro passo para quem está planejando um ano sabático é definir o objetivo da pausa. Reflita sobre o que você quer fazer, aprender e resolver com essa pausa. Com isso em mente, pense bem no que vai fazer durante a folga e quanto tempo será necessário para realizar tudo o que você quer fazer.

Crie logo um cronograma que estabeleça quantas semanas ou meses levará para você realizar as tarefas que você pensou. Caso você queira viajar, faça uma lista dos possíveis destinos e quais as oportunidades que cada um oferece. Depois de definir seu roteiro, é hora de pensar nas passagens, hospedagem, transporte, comidas e afins. Ainda no processo de planejamento de um período sabático, você precisa estabelecer quanto ele vai custar. Afinal, nada pode acontecer se você não tiver reserva financeira.

Só após essa primeira etapa, você deve comunicar amigos e familiares sobre a sua decisão de dar uma pausa. Converse com eles, explique seus motivos e mostre como você está se organizando. Após comunicar a família e amigos chegou a hora de fazer o comunicado no trabalho. Há empresas que apoiam esse tipo de iniciativa, em outras você pode entrar em acordo e conseguir os benefícios de uma demissão.

Os gastos de um período sabático não são pequenos. Por isso, o melhor é você incluir no seu planejamento uma previsão deles. Faça um  checklist completo de todas as despesas que você terá. Os principais itens que precisam ser orçados são: passagens aéreas; seguro de vida e viagem; alimentação; acomodações; transporte; mensalidade de cursos; taxas de energia, água e gás; e poupança para imprevistos.

Como conseguir renda no ano sabático?

Se você quer mesmo tirar um período sabático, guardar dinheiro é fundamental. Ou seja, para concretizar essa vontade, você precisa reservar dinheiro. 

Uma boa alternativa é começar a economizar entre um ano e seis meses antes. Investir o dinheiro também é uma alternativa para que você continue tendo renda durante a pausa. Fazer trabalhos voluntários também pode ajudar a economizar no ano sabático.  Isso porque esse tipo de iniciativa geralmente oferece acomodações e alimentação grátis ou por um preço mais acessível. Dá para ajudar as ONGs e projetos dando aula de idioma, esporte, etc."


Então, amigos leitores, é isso.


O Blog ficará em pausa por esse período, mas logo que eu me reorganizar, retomaremos de onde paramos.


Muito obrigada!


A Autora


Fonte da pesquisa: site https://viva-mundo.com/pt/noticia/post/quer-tirar-um-ano-sabatico-tudo-o-que-voce-precisa-saber-antes-de-tomar-sua-decisao. Acesso em 23 de novembro de 2021. 



sexta-feira, 28 de maio de 2021

Editorial: Entrevista com Renato Silva do Nascimento - Secretário Executivo

 Amigos Leitores,


Continuando as comemorações dos 25 anos do Curso de Secretariado Executivo da UFC, o Blog trouxe uma entrevista com o Secretário Executivo Renato Silva do Nascimento. Em nossa conversa tratamos de assuntos pertinentes ao cenário atual do Secretariado Executivo, em meio às mudanças no mercado de trabalho..vamos conferir?

"1. Qual sua formação e quais cursos você acha relevante para os Profissionais de Secretariado na atualidade? (pode citar cursos que vc tenha feito ou que deseja fazer, que acha importante)

RESPOSTA:

Sou formado em Secretariado Executivo pela Universidade Federal de Pernambuco, e especialista em Gestão de Pessoas pela Faculdade dos Guararapes.
Acredito que, como um dos poucos cursos multidisciplinar, pela nossa amplitude de conhecimento adquirido na graduação e pelo nosso campo de atuação, cursos como gestão de pessoas, processos gerenciais e cursos de capacitação em novas tecnologias sempre serão bem vindos. Mas vale lembrar que isso não é uma regra, pois algumas vezes quando ocupamos um cargo, em algumas ocasiões, as atividades diárias exigem conhecimentos específicos para um melhor desempenho ou até mesmo uma possível promoção.

Em todo caso, acompanhar às mudanças e demandas do mercado é algo imprescindível, por isso devemos ficar atentos.


2. Quais os maiores desafios que você enfrentou no mercado de trabalho, quando foi em busca de sua oportunidade na área?

RESPOSTA:

Os desafios foram 3, e creio que sejam os mesmos para muitos profissionais, e um deles em específico do sexo masculino.

O primeiro é o estigma de que homem não pode secretariar. Não existe nenhuma profissão que dependa de gênero para ser bem executada, mas infelizmente alguns colegas de profissão (RH) cometem o erro de achar que a área secretarial tem gênero.

O segundo foi à exigência de experiência até mesmo em estágio. Muitas das vezes, essas vagas de estágios vêm com inúmeras exigências que não condiz com o nível hierárquico, é ai que percebemos que o foco não estar em capacitar, mas sim em mão de obra barata.

A terceira é a exigência do inglês.

Algumas empresas acabam deixando de fora grandes talentos com um grande potencial de contribuição na organização por essa exigência. Nosso país possui apenas 3% de fluentes no idioma.

Uma vez, atuei na área administrativa de uma empresa (a qual não inclui no meu currículo) que exigia o inglês como critério eliminatório para o cargo de Secretária (o). Por casualidade acabei indo de forma informal substituir a secretária, onde acabei passando um ano secretariando a empresa e em nenhum momento foi necessário usar outro idioma. É o típico caso: quer, mas não precisa.

3. Você acha que o mercado de trabalho está mudando a sua visão e perspectiva quanto à nossa profissão? 

RESPOSTA:

Sim.

As organizações estão deixando de pensar que o profissional de secretariado está ali para servir café e redigir ofícios. Estão reconhecendo a complexidade de nossa área e a responsabilidade que é assessorar um executivo no seu papel diário em administrar uma empresa.

Além disso, as empresas estão cada vez mais aprendendo pelo bolso (com prejuízo financeiro) que, da mesma forma que não se contrata psicólogo sem CRP, engenheiro sem CREA, e médico sem CRM, também não se contrata secretário sem o SRTE. A contratação estilo tapa buraco cada vez gera mais prejuízo para as organizações, uma vez que contratar, treinar e integrar um colaborador gera um alto custo para a empresa, logo, ao não contratar um profissional de Secretariado devidamente qualificado, a rotatividade na vaga será grande.

Hoje, empresas com visão estratégica estão cada vez mais compreendendo a devida importância que é ter um profissional de Secretariado devidamente qualificado compondo o seu quadro de funcionários.  

 

4. Você acredita que as mudanças ocorridas nos cursos de graduação em Secretariado Executivo, onde foram incluídas disciplinas voltadas para mais áreas administrativas e relativas à gestão de pessoas,  têm contribuído para que as empresas valorizem mais a nossa profissão?

RESPOSTA:

Acredito que sim. Eu penso que, toda mudança que agrega valor contribui para o reconhecimento. O profissional de Secretariado está envolvido diariamente com processos administrativos, lidando com pessoas de todos os níveis hierárquicos, então nada melhor do que uma capacitação acadêmica que nos prepare para o dia de trabalho.

5. Qual conselho ou mensagem você quer deixar para os alunos do curso de Secretariado Executivo e demais leitores do Blog?

RESPOSTA:

São 4 dicas que eu levo comigo todos os dias.

1-    Faça o que ama e com amor, e assim você será pago duas vezes.

2-    Não se acomode nunca, esteja sempre atualizado às demandas da profissão, e entregue um trabalho de excelência.

3-    Tenha empatia, ajude um colega de profissão a ser recolocado.

4-    Seja cordial com todos e fortaleça sua rede de network, pois o copeiro de hoje pode ser o CEO de amanhã."

Ressaltamos que o  Secretário Executivo é um profissional versátil, capaz de se adaptar a todas as realidades de trabalho às quais ele assume como desafios da sua carreira. Então, cabe a cada profissional agregar a si mesmo os conhecimentos que julgar importantes para sua realidade de trabalho e carreira.


Abraços!

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Editorial: 25 anos do curso de Secretariado Executivo da UFC

 

Amigos Leitores,


Em 2021 o curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará - UFC completa 25 anos de existência. E para falar sobre as evoluções do curso, convidamos a Profa Dra. Conceição Barros, Coordenadora do curso de Secretariado Executivo da UFC, para um bate papo sobre essa data. Vejam abaixo como foi nossa conversa:

"Quais contribuições você acredita que foram mais importantes para o curso ao longo dos últimos anos?

    Este ano estamos comemorando os 25 anos do Curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará - UFC e os 10 anos do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Secretariado Executivo.  Ao longo desse período, o curso realizou diversas atividades e mudanças que contribuíram para a sua consolidação acadêmica em termos de ensino, pesquisa e extensão. 


Ensino - Na área do ensino podemos destacar a contratação de  quatro professoras efetivas graduadas em Secretariado Executivo, ENTRE 2009 e 2016 o que fortaleceu as áreas de ensino específicas, além de concurso para uma professora da área de Administração. Em 2017, foi realizada uma reestruturação do Projeto Pedagógico do Curso, com o intuito de atualizar a integralização curricular, bem como os programas e as ementas das disciplinas. Além disso, essa atualização  fortaleceu a identidade do Curso com a criação de disciplinas voltadas para a formação secretarial, com temas emergentes.  Vale salientar que o Curso de Secretariado Executivo obteve nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE)  em 2012,  2015 e 2018, o que comprova a qualidade do ensino ofertado em nossa Universidade. 

Outro aspecto relevante para o ensino, foi a criação do Curso de Especialização em Assessoria Executiva em Gestão Pública e Privada, em 2011. Recentemente, este projeto foi reformulado e estamos organizando o início de novas turmas para 2021. Ainda sobre a pós-graduação, está sendo desenvolvido um projeto de criação de Mestrado em Secretariado Executivo, o qual já foi submetido duas vezes à CAPES, que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, não obtendo aprovação, embora tenha sido reconhecida a relevância dessa proposta. Atualmente, o projeto de Mestrado está em fase de ajustes a fim de atender às exigências da CAPES e irá seguir, novamente, os trâmites para aprovação interna e, posteriormente, submissão à CAPES.


 Pesquisa - No âmbito da pesquisa, observamos uma expansão em termos quantitativos e qualitativos da produção científica no nosso Curso. Isso se deve, principalmente, à criação do Grupo de Estudos e Pesquisas em Secretariado Executivo (GEPES), idealizado em 2010 e certificado pelo CNPq, Conselho Nacional  de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, em 2011. O GEPES possui linhas de pesquisas que envolvem gestão secretarial, educação, empreendedorismo, consultoria e a evolução da pesquisa na área. A consolidação desse grupo tem resultado em artigos publicados em periódicos especializados qualificados, além de apresentações e publicações em anais de eventos nacionais e internacionais. 


Extensão - No que se refere à extensão, destaca-se o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Secretariado Executivo (NEPES), criado em 2010 que se trata de um programa de extensão universitária, que abrange ensino pesquisa e extensão e abriga os projetos de extensão do curso com a participação de docentes, discentes e servidores técnico-administrativos da UFC. No âmbito do NEPES temos realizado diversas ações voltadas para oferecer respostas à sociedade por meio de parcerias com outras instituições de ensino superior e básico, empresas de grande porte, associações e Organizações Não-Governamentais. 

 

Nos últimos 10 anos, segundo dados dos sites de oferta de vagas de emprego,  as empresas têm buscado no mercado profissionais qualificados na área de Secretariado Executivo para ocupar as vagas de assessoria e até mesmo de Gestão. Na sua opinião, o Profissional de Secretariado Executivo está mais valorizado no mercado de trabalho?

   Sim. Há uma busca crescente por profissionais da área para o mercado de trabalho. Existem oportunidades em várias formas de atuação que envolvem a assessoria, o empreendedorismo, a consultoria e até a docência, para citar alguns exemplos. Considero que a valorização do secretário executivo está diretamente relacionada ao desenvolvimento de competências gerenciais,  ao domínio de ferramentas tecnológicas, especialmente no contexto de crescimento de oportunidades de trabalho remoto, em virtude da pandemia. Além disso, a  fluência em línguas estrangeiras e as relações humanas são fundamentais para o seu reconhecimento no âmbito organizacional, bem como a  capacidade de adaptar-se às mudanças sociais. Assim sendo, cabe aos profissionais da área  a busca por diferenciais que garantam a sua inserção e permanência no mundo do trabalho. Como exemplo, ressalto que temos vários egressos do Curso atuando em instituições públicas e privadas, em   multinacionais, as quais denotam uma valorização da profissão. 

Visualizando o atual cenário que estamos vivendo desde o ano de 2020, quais são os maiores desafios que o Secretariado Executivo está precisando enfrentar?

    O cenário mundial aponta para diversos desafios para a profissão secretarial, assim como para as diversas áreas profissionais, oriundos das novas demandas sociais e organizacionais. No âmbito acadêmico, há empenho das universidades, juntamente com as entidades representativas e científicas, à exemplo da Federação Nacional de Secretárias e Secretários - FENASSEC e da Associação Brasileira de Pesquisa em Secretariado - ABPSEC, para a consolidação profissional e acadêmica. Uma conquista recente foi o retorno do Secretariado Executivo como área de conhecimento  do CNPq. Na UFC, os desafios atuais, para os quais o colegiado empenha esforços, que podemos citar, entre outros, são: a implantação de curso stricto sensu e a internacionalização do Curso. 


No que se refere à atuação secretarial, considero que o contexto de pandemia da COVID-19 acelerou o processo de virtualização do trabalho, motivo pelo qual o secretário executivo precisa se reinventar. Muitos profissionais precisam se adaptar ao home office e penso que, mesmo após a superação da pandemia, há uma tendência ao desenvolvimento de atividades secretariais de forma híbrida. Por outro lado, o secretário virtual ou remoto encontra, nesse cenário, maiores oportunidades e  formas de atuação, incluindo a oportunidade de empreender na área. Em minha opinião, portanto, a reinvenção profissional é o maior desafio!


Com relação à busca por vagas no curso de Secretariado Executivo, qual sua visão sobre o interesse dos alunos em conhecer a nossa profissão e se tornar um Profissional de Secretariado Executivo?

    O Curso de Secretariado Executivo tem sido bastante concorrido, tendo nota de corte pelo Sistema de Seleção Unificada , o SISU, de  616,41 pontos em média e de 530,40 como menor nota. Isso significa que há uma valorização do Curso. Os alunos optam por cursar Secretariado Executivo na UFC, principalmente, pelo reconhecimento da qualidade da Universidade e em virtude da  multidisciplinaridade do nosso currículo. O conhecimento da profissão, normalmente, ocorre após o ingresso no Curso. 

Percebemos o crescente interesse dos estudantes em conhecer a prática profissional e, para tanto, convidamos profissionais para compartilhar suas experiências, além de promovermos ações de extensão a fim de possibilitar uma visão da realidade profissional e relacionar teoria e prática. Nesse contexto, os formandos conhecem melhor a profissão ao longo de sua formação, bem como a identificação com a área. Existem oportunidades de ingresso no mercado de trabalho , a partir do terceiro semestre por meio de estágios, o que promove o contato com a realidade profissional. 


Qual conselho ou recado você gostaria de deixar para nossos leitores sobre nossa profissão?

    A partir da minha experiência como secretária executiva e, atualmente, docente da área, considero uma profissão com diversas oportunidades de desenvolvimento acadêmico e profissional, nas quais emergem possibilidades de atuação nas esferas públicas e privadas, em empresas de grande porte. Entretanto, para que se possa aproveitar as oportunidades é necessária uma preparação para as constantes transformações sociais e evolução tecnológicas, bem como a busca por domínio de línguas estrangeiras, competências conceituais, técnicas e humanas. Meu conselho, portanto, é que ao abraçar a profissão de Secretariado Executivo devemos assumir um compromisso ético-moral e exercê-la com responsabilidade e compromisso. Para se obter sucesso na área secretarial é  condição sine qua non, a busca por aprimoramento contínuo. "


Em breve vamos trazer novas entrevistas sobre os 25 anos do Curso de Secretariado Executivo da UFC.


Até Mais!

Equipe do Blog

terça-feira, 23 de março de 2021

Editorial: 1 ano de pandemia ...como estamos lidando?

 Amigos leitores,


Estamos no mês em que se completou um ano do início dos decretos de isolamento social e da pandemia, situações que ainda estamos enfrentando...mas, como estamos lidando com tudo isso?

Em minha experiência pessoal, continuo trabalhando home office, alguns dias precisei ir na empresa para trabalho presencial, sempre tomando todos os cuidados.

Mas, infelizmente essa não é a realidade de muitos profissionais: Alguns ficaram desempregados e precisaram "se virar nos 30" para conseguir seu sustento, dividindo-se entre sair pra trabalhar e arriscar a vida ou arriscar passar fome em casa. Não sou a favor de abrir o comércio, sou a favor de medidas econômicas eficazes para apoiar a população.

Não temos uma previsão exata de quando tudo isso vai passar, mas já enxergamos a luz no fim do túnel, que é a vacina. Aliás, quero fazer um apelo a você, leitor(a), que não deixe de se vacinar, pois somente essa medida, além do isolamento social, está se mostrando ser eficaz para combater a contaminação e todo o caos que estamos vivendo já faz um ano.

Desejo a você que consiga passar por tudo isso e que fique tudo bem!


Equipe do Blog.


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Reflexões para o novo ano...Feliz 2021!

 Amigos leitores,

Esse ano foi totalmente diferente de tudo que já vivemos e muito aprendizado pode ser retirado de tudo isso: o Home Office se fortaleceu bastante, tivemos que nos adaptar em tempo recorde ao trabalho e nos dedicarmos as tarefas rotineiras da casa, principalmente os casais que trabalham fora e /ou que tem filhos.

Foi muito difícil, estressante, mas quando pegamos
o ritmo, tudo fluiu como tinha que ser, as demandas foram entregues, as reuniões foram adaptadas e realizadas também. As metas não deixaram de ser batidas e os resultados foram entregues.

Precisamos nos organizar quanto a horário de trabalho e horário de "lazer/descanso". Refletimos sobre as demandas de trabalho antes da pandemia, pois dedicávamos praticamente nosso tempo integral ao trabalho e nossa família ficava em segundo plano, até mesmo nos finais de semana, pois algumas vezes as viagens de trabalho caíam bem no sábado/domingo. 

Percebemos que precisávamos estar mais próximos da nossa família, estar juntos na educação dos nossos filhos (digo por mim, que acompanhei minha filha de 03 anos em seu primeiro ano escolar, praticamente todo online). Precisamos ser pais, funcionários, esposo/esposas, mães/pais e ainda cuidar de nós mesmos, nossa saúde física e mental. 

Assim como 2019 foi o ano de muitas ascensões profissionais, 2020 foi o ano de cuidar da família e fortalecer os laços de amizade, mesmo que à distância.

Enquanto ainda não podemos viver nossas vidas, com a segurança que só a vacinação nos trará, vamos refletir sobre o que fizemos esse ano que colheremos os frutos na nossa rotina futura, quando tudo voltar ao (novo) normal.


Feliz 2021!!!


A Autora

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Editorial: O tema do momento é...Salário Emocional

 Amigos Leitores,

Em outubro ocorreu o meu retorno ao trabalho presencial, agora estou trabalhando no formato híbrido. Confesso que minha adaptação ainda está ocorrendo, pois foram 8 meses trabalhando apenas Home Office, mas está ocorrendo tudo dentro da normalidade.

Tenho lido alguns artigos e postagens trazendo de volta um tema que não é novo, mas que, a meu ver,  foi pouco comentado na época em que surgiu: o Salário Emocional. Me questionei se esse assunto voltou a figurar nas redes por motivo de tantas perdas que alguns profissionais tiveram em seus locais de trabalho: reduções salariais, redução de benefícios, dentre outros. Percebo o  "salário emocional" como justificativa aos motivos pelos quais os funcionários resolveram permanecer em seus postos de trabalho apesar das perdas, agora que tudo está voltando ao normal.

Mas, para entender melhor o conceito e abrangência desse tema, trouxe um artigo do site rh.com.br:

"Salários generosos sempre foram o principal artifício utilizado pelas empresas para atrair e manter bons profissionais. Quando a remuneração deixou de ser o único item avaliado pelas pessoas, as organizações passaram a oferecer uma série de benefícios adicionais, como auxílio em despesas médicas, creche para os filhos dos funcionários e subsídios em cursos de capacitação e qualificação, para citar os exemplos mais comuns. Hoje, no entanto, quem está no mercado quer mais do que simplesmente ganhar mais. É por isso que os gestores estão cada vez mais atentos ao chamado “salário emocional“.

Ao contrário de um salário comum, o salário emocional não é representado por uma cifra e nem está registrado em carteira. Trata-se, na verdade, de um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa. Por ser algo subjetivo, que varia de acordo com cada ambiente ou tipo de profissional, sua composição acaba sendo diferenciada.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Kienbaum – empresa que possui mais de 20 anos de atuação na área de Recursos Humanos a – junto a 18 mil líderes, entre diretores e gerentes, apontou que o item mais importante para o profissional se sentir bem e motivado em uma organização está relacionado ao progresso na carreira, ao aprendizado e ao desenvolvimento.  A natureza das atividades, um ambiente de trabalho desafiador e o conteúdo enriquecedor da função também são levados – e muito – em conta. A remuneração apareceu só na quarta posição.

Nova call to action

A oportunidade de se desenvolver e crescer, em muitos casos, pesa mais na escolha do profissional do que um alto salário, avalia Fausto Alvarez, um dos sócios da Kienbaum. Esse é um dos fatores que compõem o salário emocional, que na avaliação do especialista acaba funcionando como um meio de retenção. São ações que atendem desejos e necessidades dos colaboradores e que os “prendem” a um determinado emprego. “Mas isso deve estar relacionado a possibilidades reais de crescimento, desenvolvimento constante e novos desafios”, lembra Alvarez.

Aplicação

Cabe ao gestor, principalmente, conduzir o processo de desenvolvimento de sua equipe, o que irá resultar em um clima organizacional positivo e na “construção” do salário emocional. Isso não quer dizer que o colaborador não deva fazer sua parte, demonstrando interesse e buscando se capacitar para melhorar seu desempenho e aumentar as chances de dar um salto na carreira.

A regra é que as possibilidades de desenvolvimento e crescimento sejam oferecidas a todos, sem distinção. “Uma boa política e processos de meritocracia acabam naturalmente mostrando que as melhores recompensas serão sempre destinadas àqueles que entregam mais resultados”, reforça Alvarez. Essa clareza é importante para evitar rumores de que uma ou outra pessoa possa se beneficiar por motivos que vão além da sua atuação profissional, por exemplo.

Quando vale?

A atuação da área de Recursos Humanos de uma organização é decisiva no processo de motivação e retenção de pessoas através do salário emocional. Ela deve levar o tema de forma estruturada para o grupo que tem a responsabilidade pelas decisões mais importantes e estratégicas da organização. Alvarez ressalta que o salário emocional está diretamente ligado ao clima e ao desempenho das pessoas. “Se estivermos em uma organização que nos oferece possibilidades de crescimento pessoal, de aprendizado contínuo, de desenvolvimento, um trabalho desafiador, onde tenhamos a oportunidade de mostrar que podemos trazer uma contribuição diferenciada, o clima será muito melhor e o desempenho também, para que as pessoas acompanhem e mereçam todas as possibilidades que surgirem”, avalia.

Mas como as organizações e os profissionais podem se beneficiar do salário emocional, já que, na prática, é algo intangível? Alvarez responde: “O principal benefício que ele gera é, sem dúvida alguma, o sentido de pertencer àquela organização, e não há nada mais valioso que isto para uma empresa, ou seja, o desejo dos seus colaboradores de que pertencem àquela empresa e de saber que seus talentos desejam continuar lá”.


O que é um salário emocional?

É um conjunto de fatores emocionais e motivacionais que fazem com que as pessoas queiram permanecer em uma empresa. Dentre eles se destacam:

  •  Oportunidades de desenvolvimento profissional;
  • Oportunidades de progressão na carreira;
  •  Reconhecimento do trabalho;
  •  Motivação;
  •  Ambiente de trabalho positivo;
  •  Natureza e desafios do cargo ocupado;
  •  Conteúdo enriquecedor da função desempenhada.
  • Sentir-se parte da organização em que se trabalha."


Para nós, Profissionais de Secretariado Executivo, o salário emocional na maioria das vezes tem grande parcela de contribuição na nossa motivação em estar na empresa. Mas, claro, esse é um dos fatores, podendo não ser o principal, sempre vai depender do clima organizacional e do profissional que está atuando na empresa. Vale a pena refletir se vc está satisfeito com seu salário material e emocional.

Eu, por exemplo, estou muito satisfeita com a empresa onde trabalho, sinto que sou valorizada e gosto muito do clima organizacional da minha equipe e dos meus gestores. Meus dois salários, físico e emocional,  são muito bons pra mim, no momento.


Até mais!


Fonte: Artigo pubicado em 13/04/2017, no site: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/salario-emocional/, acesso em 13/11/2020.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Editorial: o retorno ao trabalho

 Amigos leitores,


Estamos observando que, mesmo com os dados ainda alarmantes em nosso país, aos poucos os estados do Brasil estão organizando seu retorno aos trabalho e à vida cotidiana.

E com essa volta da nossa rotina precisamos organizar o que decidimos fazer enquanto estávamos na quarentena: Cuidar da nossa qualidade de vida, alimentação, vida profissional, objetivos e expectativas para viver o novo normal. Precisaremos ter mais cuidado ao ir e vir do trabalho, com as pessoas que encontramos e também cuidar de nós mesmos, manter a rotina de exercicios e atividades para relaxar, não voltar aos maus hábitos, cuidar também da nossa família, pois percebemos que são as pessoas mais importantes e essenciais da nossa vida. Por mais atarefados e estressados que possamos estar, nosso lar sempre deve ser a nossa fuga de tudo isso, deve ser nosso refúgio de amor e tranquilidade.


E estamos mais qualificados também, para cumprir nossas tarefas e funções, e colocar em prática tuo que adquirimos para nossa carreira, já que acumulamos mais conhecimento com os cursos realizados na quarentena.

Enfim, no mês dedicado aos profissionais de Secretariado Executivo, vamos aproveitar para nos presentear e participar de eventos online voltados pra nossa área, divulgados pelas redes sociais (eu mesma estou participando) e vamos falar sobre isso, sobre essa volta e como vamos fazer para nos valorizar mais e valorizar nossa carreira profissional, afinal, nós merecemos!!!


Parabéns aos meus colegas de profissão, aos estudantes e, principalmente, aos professores do ensino técnico em Secretariado Executivo e do Curso Superior em Secretariado Executivo.


FELIZ DIA, SECRETÁRIOS EXECUTIVOS!!!


A Autora