Algumas vezes acontece de sentirmos que nossa empresa precisa de inovação e energia, que precisa de uma "injeção de ânimo e ideias". Que tal, então, sugerir ao gestor que seja feito um "Brainstorming"? A expressão, que significa " tempestade cerebral ou tempestade de ideias" É uma expressão inglesa formada pela junção das palavras "brain", que significa cérebro, intelecto e "storm", que significa tempestade.
Essa expressão é mais comum em agências de Publicidade, porém é um trabalho que pode ser realizado em qualquer empresa e que pode ajudar, e muito, a resolver os problemas mais difíceis que surgirem.
Mas, como organizar um "Brainstorming" eficiente? No texto a seguir, publicado na Revista Você S/A traz algumas dicas para ajudá-lo(a) a organizar e conduzir essa reunião:
"Toda vez que surge durante o trabalho a necessidade de pensar no futuro da empresa ou de abrir novas frentes de negócio, sempre aparece alguém para sugerir um brainstorming, aquela reunião de trabalho em que as ideias devem fluir livremente e sem compromisso para que a inovação possa emergir.
Hoje, aprimorado, o brainstorming ganhou uma 'dose de racionalidade', segundo o professor Ralph Keeney, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, que propõe um processo mais eficiente. Antes da reunião, todo mundo deve se preparar. '
Dar aos participantes apenas uma visão geral sobre o tópico não funciona. O professor acredita que os objetivos da resolução do problema devem ser explicitados antes que se pense em alguma alternativa viável. 'É preciso ter clareza sobre o que será discutido', diz Ralph.
Em segundo lugar, é preciso evitar conclusões precipitadas: 'Os participantes podem ancorar seu pensamento em ideias que estão sendo apresentadas e desconsiderar alternativas importantes', diz Ralph. A seguir, confira as novas técnicas de brainstorming e orientações sobre o tema.
Comece com o problema.
Toda reunião deve começar com a definição clara do problema. Ela determina o propósito do brainstorming. Ao longo do encontro, as pessoas devem se ater a esse assunto sem perder o foco.
Quem e para quê?
Antes de começar, tenha certeza de que o grupo tem conhecimento profundo sobre as necessidades dos interessados em encontrar uma solução. Essa é uma das mudanças do novo modelo: saber exatamente quais são os objetivos.
Isso pode ser feito por meio de pesquisa primária, como a experiência vivenciada na consultoria americana 'Jump', com sede em San Mateo, na Califórnia, que desloca o funcionário para passar um tempo com a pessoa ou a empresa que enfrenta o problema.
Ambiente favorável.
Garanta que as pessoas se sintam confortáveis no local em que o brainstorming será realizado. Considere, até, conduzir o processo fora do contexto do ambiente de trabalho — isso pode levar as pessoas a pensar de maneira diferente.
Inspire-se!
Minutos antes do início, é importante orientar os participantes a 'alimentar a mente'. Revisar tudo o que se sabe sobre o problema ou ler um estudo de caso sobre a solução. O intuito é inspirar.
Ideias nascem na mente!
Grupos não têm mente. Portanto, antes de iniciar, é interessante que cada participante desenvolva suas próprias propostas para o problema — e que sejam anotadas e registradas. Pode-se, por exemplo, instigar os participantes a pensar sobre alternativas para cada objetivo do brainstorming, pedindo que eles indiquem qual é a melhor delas.
Discussão coletiva.
Para evitar que uma ou duas pessoas dominem a conversa, deixando ideias de lado, a recomendação é que sejam usadas todas as anotações dos participantes envolvidos, feitas na etapa anterior. 'Isso garante que ninguém fique sem voz', diz o professor Ralph Keeney.
Outra ideia é que o moderador do brainstorming nunca deixe uma pessoa apresentar todas as suas alternativas de uma vez. Ele deve circular perguntando se há alguma sugestão que não foi discutida, para que todos participem.
Abra a torneira de ideias.
Quantidade produz qualidade. É preciso acumular o máximo de ideias para que se possa descartar as ruins e medianas e ficar com as boas.
Ideias selvagens.
Não faça julgamentos (principalmente precipitados) sobre as ideias que forem apresentadas pelo grupo. O julgamento tende a interromper o fluxo da criação. Isso deve, aliás, ser recomendado no início do processo.
A técnica deve permitir a fluência total de ideias, com bom humor, nada de críticas ou julgamentos sarcásticos sobre a sugestão do vizinho. Não pode haver censura: alguém estimula a todos e anota as pérolas (e as abobrinhas também)."
Com essas dicas você pode sugerir que seu gestor realize o Brainstorming pelo menos uma vez por bimestre, até para fortalecer o hábito de coletividade da equipe.
Até mais!
A Autora
Fonte: Texto publicado por Beatriz Rey, para a Revista Você S/A, Ed. Junho 2015: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/181/noticias/como-fazer-um-brainstorming-eficiente. Acesso em 21/10/2015.
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