quinta-feira, 28 de março de 2019

Editorial: o bom e o mau uso da ferramenta "WhatsApp" no ambiente corporativo

Olá Leitores,

A ferramenta de troca de mensagens "WhatsApp" é uma das mais utilizadas na atualidade, seja para uso pessoal ou corporativo. Mas, o uso dessa ferramenta requer bom senso, pois o mau uso acarreta em problemas sérios, tanto que acompanhamos no ano de 2018 inúmeras reportagens sobre a disseminação de "Fake News" e várias ações ainda tramitam na justiça a esse respeito. 
Para  profissional de Secretariado Executivo é imprescindível a utilização de forma correta, no ambiente corporativo. A seguir, um texto sobre esse tema, muito recorrente em nosso cotidiano: 





"No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 95% dos que possuem celular já utilizam aplicativos de mensagens para se comunicar, inclusive no trabalho.

Outro estudo, da consultoria de comunicação corporativa 4CO, realizado em 2018 com 1 321 profissionais, mostrou que 94% das pessoas fazem parte de algum grupo virtual com colegas do escritório.

“Mesmo que não existam políticas formais nas organizações, muitas vezes o WhatsApp é reconhecido como canal de comunicação oficial, uma vez que até líderes estão presentes”, afirma Bruno ­Carramenha, diretor da 4CO e professor de comunicação e cultura organizacional da Faap.

O uso por empresas, no entanto, exige cuidados. Entre as principais dificuldades está a questão dos limites de privacidade, uma vez que, na maioria dos casos, a ferramenta está instalada nos aparelhos pessoais dos funcionários.

“A companhia, obviamente, não pode requerer que o empregado forneça o celular ou mostre suas mensagens. Mas é preciso lembrar que as mídias sociais são extensões da vida real e que as organizações podem impor regras sobre o comportamento esperado tanto dentro do escritório quanto com os colegas”, diz Jefferson Kiyohara, líder de prática de riscos & compliance da consultoria global Protiviti.
Na Tigre, multinacional de construção civil, desde setembro não existem mais telefones fixos para os 1 100 funcionários administrativos­. Em troca, todos receberam um celular — do jovem aprendiz ao diretor. “Fizemos isso para reduzir o custo com telefonia, mas também pensando em mobilidade”, diz Patricia Bobbato, gerente de liderança e cultura da empresa.

Para evitar complicações trabalhistas, a ­Tigre realizou treinamentos com todos os empregados, gestores ou não, em parceria com o departamento jurídico. “Para os líderes demos orientações relacionadas aos limites. Por exemplo, não mandar mensagem fora do expediente.
Para quem é operacional, explicamos que eles têm total liberdade de não responder a demandas fora de seu horário de trabalho. E todos assinaram um termo de compromisso.”

Hoje, o WhatsApp é usado pela companhia como meio oficial de informação, com mensagens sendo enviadas concomitantemente ao celular e por e-mail. Desde 2017, a área de comunicação possui uma conta por meio da qual repassa os avisos aos grupos em que estão os trabalhadores.
E, se por um lado a adoção dos telefones móveis acabou com a questão dos limites de privacidade, já que o aparelho agora é da Tigre, Patricia admite que, por outro, a corporação ainda está sujeita ao mau uso por parte das pessoas.

“No fundo é uma questão de bom senso. Estamos realizando uma mudança de cultura, que começou há quatro anos, no sentido de empoderar os empregados e tratá-los como adultos. E isso inclui responsabilização por suas posturas”, completa a executiva.
Ruy Copolla Jr., professor na Faculdade de Direito São Bernardo, lembra que é importante conscientizar os funcionários de que condutas antiéticas não são um problema apenas da empresa e que, muitas vezes, respingam também nos profissionais. “Não é raro registros de conversas, áudios e imagens provocarem demissão por justa causa. Em casos envolvendo racismo, assédio moral e sexual, a Justiça tende a concordar com isso, independentemente dos meios pelos quais foram cometidos”, afirma o advogado.

Vale ressaltar que, se a empresa possuir um programa de compliance e receber uma denúncia referente ao mau uso do ­WhatsApp, ela poderá abrir um processo de apuração e requerer, por meio de autorização judicial, o acesso ao aparelho do funcionário — mesmo que a ferramenta esteja instalada no smartphone pessoal."

Tudo, na verdade, segue mesmo nosso bom senso, desde a atitude de responder uma mensagem fora do horário de trabalho ou repassar uma mensagem no grupo da empresa. Uma dica: Antes de repassar a mensagem, analise: Essa informação será relevante na vida das pessoas desse grupo? 

Até mais!

A Autora.

Texto retirado do Site Voce RH, link: https://exame.abril.com.br/negocios/como-sua-empresa-pode-prevenir-o-mau-uso-do-whatsapp/  Acesso em 28 de Março de 2019. 

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