Amigos Leitores,
Nos últimos 10 anos estamos observando uma mudança no "Dress Code" das empresas. Existe um nítido esforço em mudar a forma de vestir-se e comportar-se, relativo aos funcionários das organizações. Aquele básico terno e gravata para homens e terninho com salto alto para mulheres está entrando em transição com o Jeans e outros tecidos alinhados. Mais do que isso, outros fatores também estão sendo aceitos, como tatuagens e "piercings", pois o mundo corporativo atual já consegue pensar fora da caixa e entender que a produtividade e resultados dos seus funcionários não dependem da roupa e estilo que usam. O que importa mesmo é a entrega do trabalho a ser realizado. Para nós, profissionais de Secretariado, vale mais o bom senso na hora de escolher as roupas de trabalho, sem perder a identidade e personalidade refletida nos acessórios e vestimentas.
A matéria a seguir fala sobre esse assunto, com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas - FGV:
"Demanda jovem
Embora o Vale do Silício seja fiador da mudança de "Dress Code" no mundo corporativo, há outro fator importante a ser considerado: o perfil da nova geração.
Maria José Tonelli, da FGV, está concluindo uma pesquisa que mostra que os jovens não desejam mais trabalhar nas grandes multinacionais só porque elas têm uma marca forte. “Se a empresa não se encaixar no propósito deles, eles vão embora”, afirma a estudiosa.(Ver figura abaixo sobre a pesquisa)
Nesse sentido, ou as organizações flexibilizam as regras ou serão irrelevantes para os novos talentos.
Por isso, é recomendável comunicar a ausência de trajes específicos já na fase de recrutamento, de maneira a fortalecer a marca empregadora. Na Atento, multinacional espanhola de atendimento ao cliente, segue esse conselho.
“Estamos sempre reforçando, inclusive durante a seleção, que as pessoas podem ser o que são aqui dentro. Não há nenhuma restrição, nem de gênero, nem de religião, nem no jeito de se vestir”, diz Majo Martinez, vice-presidente de RH.
As únicas restrições são chinelo de dedo e boné, ambos por questão de segurança — o primeiro para evitar possíveis acidentes e o segundo para permitir a identificação dos indivíduos. Os demais itens estão liberados, incluindo os turbantes, que voltaram à moda.
Sobre esse acessório, Majo cita um episódio curioso: recentemente, foi preciso fazer um treinamento com a equipe terceirizada de segurança, que insistia em inspecionar o adereço em busca de objetos ilícitos. “Temos um ambiente de inclusão aqui, mas isso ainda não se estende à sociedade”, analisa Majo.
A Atento tem 80 000 empregados, 1 300 deles usando crachá social, pois há transexuais, travestis, homossexuais, andróginos e quem prefere ser chamado por outro nome.
Clima familiar
O fato é que ninguém mais quer criar uma persona no escritório. Prova disso é que uma pesquisa nos Estados Unidos com 2 653 profissionais acima de 21 anos pela MetLife, seguradora americana, mostrou que seis em cada dez pessoas dizem se comportar no trabalho como se estivessem em casa.
Publicado em 2018, o estudo conclui que, na era da internet, trabalho e vida pessoal se sobrepõem. Por isso, medidas que melhorem essa experiência, como a extinção das regras de vestimenta, a flexibilização do horário e a adoção de home office, serão cada vez mais importantes para engajar e manter talentos.
Raphael de Carvalho, CEO da MetLife no Brasil, é sucinto ao explicar: “Por que fazer isso? Porque é o correto a ser feito, além de bom para os negócios”. Se o profissional é competente, pouco importa a roupa que está usando."
Sem exageros e com bom senso tudo dá certo!
A Autora
Fonte: Matéria original publicada no site da Revista Você RH: https://exame.abril.com.br/carreira/nestas-empresas-o-dress-code-caiu-e-a-regra-e-ser-voce-mesmo/. Acesso em 09/05/2019
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