sábado, 29 de março de 2014

Editorial: Como evitar se envolver em fofocas no trabalho

Existe em toda organização, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, aqueles colaboradores que gostam muito de estar, segundo eles mesmos definem, "muito bem informados" sobre todos os acontecimentos da empresa. Muitas vezes esses colaboradores "bem informados" gostam de compartilhar o que sabem (ou pensam saber) com os demais colegas e, em muitos casos, a primeira pessoa que eles procuram é o Secretário(a).
O editorial dessa semana traz uma pesquisa com 05 maneiras de fugir dessas "informações extraoficiais" ou, como conhecemos no cotidiano, as "fofocas":  

"Elas podem até parecer inofensivas, mas fofocas comprometem a imagem profissional em níveis maiores do que muita gente imagina, além de tornar tóxico o ambiente de trabalho.
O casal que se formou no trabalho, o novo chefe que vai chegar, a vida pessoal de um colaborador que vai mal, o próximo na lista de demissões, os motivos escusos que levaram o analista da sala ao lado ao posto de gerente.

Se o seu passatempo preferido no trabalho é espalhar informações não oficiais sobre a empresa e a vida alheia, atenção! Você já pode estar taxado como o fofoqueiro do escritório. E isso não é nada bom para a sua carreira.

'Todo mundo sabe quem é o fofoqueiro. E essas pessoas não são bem vistas e perdem a credibilidade', diz a consultora Marisol Camarinha, do Great Group.

Para quem quer fugir deste tipo de comportamento, a consultora recomenda 5 atitudes bem radicais, diga-se de passagem. Confira e faça os ajustes que considerar necessários na sua postura profissional:

1. Não ouvir

Controle a curiosidade em ouvir a mais recente fofoca que começa a circular no escritório. 'Quando ouvimos algo ficamos logo tentados a passar adiante, nem que seja para dizer que não concordamos', diz Marisol.

Segundo a consultora, ao menor sinal da frase clássica 'está sabendo da última' seja objetivo. 'se seu melhor sorriso e responda que não quer saber', recomenda.

Radical demais? Para quem não se sente à vontade, o coach Homero Reis recomenda um comportamento mais brando.

'Toda ação radical pode até resolver um problema, mas pode criar problemas maiores. Nesse caso corta-se a fofoca, mas perde-se a amizade', diz.

'Se o ouvinte é capaz de fazer perguntas poderosas que indiquem que o que o colega está falando não se sustenta, ela vai contribuir para o desenvolvimento desta pessoa', diz.

Portanto, se a pessoa que vem transmitir a fofoca é alguém com que você quer manter o bom relacionamento, ouça, mas tente mostrar - a partir de perguntas - que trata-se menos de uma verdade e mais uma impressão, recomenda Reis.

2. Não revele

Optou por ouvir o fofoqueiro?. Quebre o ciclo e não retransmita a fofoca para os outros colegas. As 3 peneiras (cuja a ideia é atribuída ao filósofo grego Sócrates) são ótimos balizadores na hora de decidir se vale ou não repassar uma informação, segundo Marisol.

'Só fale ao outro aquilo que for bom, útil e necessário. Se o assunto não passa por estas peneiras, guarde para você', recomenda.

3. Não seja o difusor de informações que podem virar fofoca

Muitas vezes, em razão da sua posição na empresa, as notícias chegam. Não seja você o difusor de uma informação que pode se transformar no 'zum-zum-zum' do dia. O mesmo vale quando se é testemunha de um fato. Não conte o que viu, não crie terreno fértil para a fofoca.

4. Não se omita

Nem sempre isso é possível. E é preciso coragem e ousadia para não ser omisso e esclarecer a fofoca diretamente com o seu alvo. 'Procure a pessoa e abra o jogo, com respeito', diz a consultora.

Não é preciso revelar ao alvo quem é o fofoqueiro de plantão, mas ao contar que ficou sabendo de uma fofoca que a envolvia e que gostaria de esclarecer o fato, a chance é grande de ganhar um novo aliado.

5. Não se comprometa

A tática radical recomendada por Marisol é responder a perguntas com outras perguntas. Ao ser inquirido sobre o que aconteceu em uma reunião que já está sendo tema das fofocas de corredor, pergunte: 'Por que você quer saber?'.

Se ele responder, 'por nada', então lhe diga, 'então, não há porque saber'. Se o fato de já haver comentários for o motivo do interesse a melhor resposta, diz Marisol, é responder: 'um bom motivo para ficarmos calados, pois comentários não são bons para a reputação de ninguém'

A melhor estratégia nessas situações é não se envolver. Será bom para você e para a empresa.

Até mais !

A Autora

Artigo publicado por Camila Pati no site exame.com
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/5-taticas-radicais-de-cortar-a-fofoca-pela-raiz-no-trabalho
Acesso em 29/03/2014

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