sábado, 19 de julho de 2014

Editorial: Os "Sete Pecados" do mundo corporativo

Em nosso cotidiano nos deparamos com algumas situações que em muito se parecem com os "sete pecados capitais". Mesmo estando atentos ao nosso comportamento, estamos sujeitos a praticar algum deles. Um artigo publicado por Cláudia Gasparini na edição de Julho/2014 da revista Você S/A explica como pode ocorrer esse comportamento no mundo empresarial: 

" 'Onde há interação entre pessoas, aparecem vícios e virtudes. Nenhum ambiente de trabalho é exceção a essa regra.' - Essa é a opinião de Irene Azevedo, diretora de negócios da LHH | DBM. Para ela, os relacionamentos profissionais sofrem com as mesmas falhas humanas resumidas nos 7 pecados capitais da Igreja Católica.
Gula, luxúria, preguiça, inveja, ira, soberba e avareza são conhecidas como os nossos principais desvios da conduta desde o século 13, quando são Tomás de Aquino registrou a famosa compilação na obra "Suma Teológica".
Para Irene, a clássica lista nasceu de uma reflexão profunda sobre o comportamento humano - independentemente da conotação de pecado religioso.
“São deficiências universais e emblemáticas, que se aplicam a qualquer ambiente, inclusive o profissional”, opina a executiva.
Se, por um lado, essas falhas pertencem à natureza humana, por outro, a configuração atual do mercado de trabalho acentua nossas disposições negativas:
'As empresas estimulam o nosso lado mais egoísta e individualista ao não premiar suficientemente as conquistas coletivas, por exemplo', explica Irene.

A seguir, reunimos algumas traduções possíveis dos 7 famosos vícios para o universo do trabalho. Confira:

Inveja
'A maioria de nós é competitiva em alguma medida, mas isso pode passar dos limites', afirma Irene. Essa disposição humana pode ser muito estimulada no contexto profissional, em que a concorrência cumpre um papel central para a lógica dos resultados.
O sentimento pode levar profissionais de destaque a ser alvo da hostilidade de seus colegas. 'É comum ver pessoas que, por inveja, criticam e até boicotam quem incomoda', afirma Sandra Oliveira, diretora na Dale Carnegie de São Paulo.

Soberba

De acordo com Irene, a vaidade é outra 'praga' no mundo corporativo. 'A sensação de poder no trabalho muitas vezes torna as pessoas arrogantes', afirma a executiva.
Esse orgulho desmedido pode criar uma bolha em volta do indivíduo. 'Cada um só está interessado em si mesmo e nos seus próprios problemas, o que asfixia a comunicação e cria células isoladas no escritório', diz Sandra.

Ira
A agressividade também aparece frequentemente no mundo do trabalho, intensificada pelo estresse e pela pressão por resultados. 'Infelizmente, brigas, insultos e xingamentos não são raras em ambientes corporativos', diz Irene.
Segundo Sandra, a hostilidade também se manifesta mais facilmente com a internet. 'Usando o escudo de um email, por exemplo, as pessoas se sentem muito mais corajosas para lançar ofensas aos outros', explica.

Avareza
O apego exagerado ao dinheiro também é muito presente no mundo do trabalho. Segundo Irene, é natural o desejo de progredir materialmente. Porém, o objetivo de acumular riquezas não pode ser perseguido a qualquer custo.
'É quando a ambição vira ganância', diz a executiva. Visando a uma promoção ou aumento de salário, por exemplo, o profissional pode prejudicar os demais e atropelar todos os seus princípios.

Gula
A vontade excessiva de comida pode ser traduzida para o universo do trabalho como uma necessidade constante de "abocanhar" o que está ao redor. 'O vício da gula aparece no profissional que quer tudo o que é do colega, a tarefa, o cargo, o salário, o status', diz Irene.
Segundo a executiva, esse “guloso” do trabalho cobiça o espaço do outro, seja para obter mais reconhecimento do chefe, seja para simplesmente alimentar sua vaidade.

Luxúria
Para Irene, existem muitas metáforas possíveis para o desejo sexual excessivo no mundo profissional. 'A busca pelo prazer individual e a desatenção às necessidades dos colegas são atitudes que podem aparecer no escritório', diz ela.
É o caso de profissionais que põem a sua própria satisfação em primeiro lugar, em detrimento de qualquer consciência de equipe. Aqui estão incluídos os comportamentos egoístas, indelicados e espaçosos do dia a dia corporativo.

Preguiça
'O mundo corporativo está cheio de procrastinadores, que não pensam no impacto dos seus atrasos para o resto da equipe', afirma Irene.
Tarefas acumulandas, prazos estourados e pendências esquecidas são alguns sinais de que a ociosidade está reinando no ambiente de trabalho."

Às vezes identificamos esses comportamentos nas outras pessoas. Caso venha a prjudicar você, procure a pessoa e converse. Se não resolver, comunique à gestão superior. O importante é não deixar que interfira no seu trabalho. 

Até mais!

A Autora

Fonte: Artigo publicado por Cláudia Gasparini, no site Exame.com, referente à Ed. Julho da revista Você S/A: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/os-7-pecados-capitais-no-mundo-do-trabalho. Acesso em 20/07/2014.

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